Com chumbo garantido, Medina adia votação sobre Salgado na SRU
Vereadores do PSD decidiram votar contra, o que teria inviabilizado a proposta. Também adiadas foram as propostas sobre Web Summit e alojamento local.
Foi adiada a proposta relativa à recondução de Manuel Salgado como presidente da SRU, empresa municipal de Lisboa para a realização de grandes obras. A autarquia devia ter decidido esta quinta-feira, através de voto secreto, a continuidade do ex-vereador do Urbanismo naquele cargo, mas Fernando Medina optou por retirar o assunto da agenda.
Com oito vereadores do PS a favor e sete contra (4 CDS, 2 PCP e 1 BE), o destino da votação estava nas mãos do PSD (dois vereadores). Os sociais-democratas, nesta reunião representados por João Pedro Costa e Rogério Jóia (em substituição de Teresa Leal Coelho), acabaram por anunciar que votariam contra, o que ditaria o insucesso da proposta.
Na declaração de voto que iam apresentar, os dois vereadores não contestam a recondução de Manuel Salgado, antes o propósito dado à SRU pela maioria socialista. “O PS preferiu transformar a SRU numa empresa municipal com a missão única da realização de obras públicas na cidade, mantendo despropositadamente a designação de Sociedade de Reabilitação Urbana”, criticam.
Como já tinha dito no ano passado João Pedro Costa, os vereadores do PSD escrevem que a SRU é “antes uma SRO – Sociedade de Realização de Obras, despida de qualquer perspectiva relativamente à reabilitação urbana de Lisboa”. Foi com base nestas “divergências existentes relativamente à política de reabilitação urbana de Lisboa” que o PSD decidiu votar contra.
Em Junho do ano passado, quando assumiu a liderança da SRU, Salgado mereceu dez votos a favor e seis votos contra - Manuel Grilo, vereador do BE, e um vereador do PSD votaram a favor.
Também adiadas ficaram as propostas sobre o aumento de comparticipação financeira para a Web Summit (que também corria o risco de chumbar) e sobre o novo Regulamento Municipal de Alojamento Local.