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Entre "humor e horror": as melhores fotografias de vida selvagem do ano
Andam dois ratinhos a dar muito que falar, por isso eis uma boa oportunidade para recordar os vencedores do Wildlife Photographer of the Year, o maior concurso do mundo de fotografia da vida selvagem. O prémio maior foi para O Momento vivido entre uma raposa e uma marmota, tão extraordinário na sua paragem que fica gelado entre o "humor e horror".
Os vencedores do Wildlife Photographer of the Year foram revelados esta terça-feira no Museu de História Natural de Londres, que organiza a competição aberta a todos os fotógrafos de vida selvagem e onde agora ficará patente a exposição com os melhores do ano.
O grande vencedor de 2019 é Yongqing Bao (China) graças à sua extraordinária imagem intitulada The Moment (o momento), que "enquadra o impasse entre uma raposa tibetana e uma marmota, parecendo gelados numa disputa de vida-ou-morte", lê-se no comunicado da organização. "Um poderoso retrato entre o humor e o horror, que capta o drama e intensidade da natureza". "Fotograficamente, é pura e simplesmente o momento perfeito", comentou Roz Kidman Cox, jurada da competição há quase quatro décadas e ex-editora da Wildlife Magazine (depois BBC Magazine). "A intensidade expressiva das posturas deixa-nos petrificados", diz.
"É o derradeiro desafio da Natureza", comenta por seu lado sir Michael Dixon, director do Museu de História Natural britânico. "É a batalha pela sobrevivência", resume. Sir Dixon sublinha ainda que o local em que a imagem foi captada, o Planalto do Tibete, está sob ameaça devido ao "aumento dramático das temperaturas, como aquele que se vê no Árctico": "numa altura em que habitats precisosos estão a enfrentar pressões climáticas cada vez maiores, ver estes fugazes, mas fascinantes momentos lembra-nos aquilo que temos de proteger".
Além do vencedor-mor do ano, o Wildlife Photographer of the Year 2019, que já tinha revelado outras 15 das suas melhores imagens em Setembro, premiou várias temáticas (são 19 categorias) e jovens fotógrafos - o prémio de jovem fotógrafo do ano foi para Cruz Erdmann de 14 anos, que retratou uma "lula iridescente" durante um mergulho nocturno na Indonésia.
Para a edição deste ano, resume a organização do concurso, que existe desde 1965, foram recebidas mais de 48 mil fotografias, oriundas de cem países. A exposição no Museu de História Natural de Londres incluirá 98 fotografias, exibidas entre 18 de Outubro e 31 de Maio, devendo depois seguir em tour nacional e internacional.
Quem quiser pôr à prova a sua arte fotográfica poderá inscrever-se para a edição de 2020 a partir de 21 de Outubro e até 12 de Dezembro.
Wildlife Photographer of the Year:
a natureza em mais 15 fotografias vitais