Ana Godinho, a ministra com o trabalho de substituir Vieira da Silva

A nova ministra do Trabalho e Segurança Social regressa a uma área em já trabalhou, depois de dar cartas no Turismo.

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Ana Mendes Godinho sai do Turismo para o ministério do Trabalho LUSA/MÁRIO CRUZ

É uma das três secretárias de Estado que António Costa decidiu fazer subir a ministra. Ana Mendes Godinho sai da Secretaria de Estado do Turismo e passa a ser ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Uma pasta pesada, que foi de Vieira da Silva, um dos três ministros do Governo a sair, a seu pedido.

É um regresso a uma área pela qual Ana Mendes Godinho passou. Foi inspectora do Trabalho e directora dos Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva da Autoridade para as Condições do Trabalho, imediatamente antes de ir para o Governo como secretária de Estado.

De resto, toda a carreira de Ana Mendes Godinho foi no Turismo. Antes de ser secretária de Estado, tinha sido vice-presidente do Turismo de Portugal e passado pelo gabinete de Bernardo Trindade, quando este era secretário de Estado do Turismo. Chegou a ser referida a possibilidade de Ana Godinho ter um ministério autónomo nessa área, tendo em conta o peso crescente do turismo na economia. Mas Costa decidiu dar-lhe outra pasta de grande peso.

No Governo é-lhe reconhecida a capacidade executiva e de gestão. No estilo, difere do seu antecessor. Nas mãos terá logo nos primeiros tempos uma negociação difícil com patrões e sindicatos, que António Costa tornou a sua prioridade neste início da mandato: o acordo para aumento de rendimentos. Em campanha eleitoral e já depois de indigitado, o primeiro-ministro fez questão de frisar que a sua prioridade é conseguir um acordo em Concertação Social para o aumento de rendimentos, o que passa por ficar delineado um aumento do salário mínimo nacional, embora também pretenda incluir outros rendimentos.

Ana Mendes Godinho, tal como as duas secretárias de Estado que sobem a ministras, Alexandra Leitão e Maria do Céu Albuquerque, faz parte do secretariado nacional do PS, reforçando assim o peso do partido no Governo. 

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