Entraram 16 estudantes com deficiência na Universidade de Aveiro
Número de colocações nas licenciaturas ao abrigo do contingente especial do concurso de acesso mais do que duplicou em quatro anos, em linha com a tendência nacional.
O número de estudantes que entraram em licenciaturas da Universidade de Aveiro (UA) ao abrigo do concurso especial para pessoas com deficiência mais do que duplicou nos últimos quatro anos. Neste ano lectivo, foram colocados 16 alunos, o número mais elevado de sempre.
A lei estabelece um contingente especial para estudantes com deficiência, que é destinado a candidatos com limitações físicas ou sensoriais. Estes estudantes têm que completar o ensino secundário e fazer os exames nacionais, como todos os alunos. Têm, no entanto, vagas reservadas em cada um dos cursos do ensino superior.
Este contingente especial é composto por 2% das vagas fixadas para a 1.ª fase do concurso nacional de acesso ou, no mínimo, por duas vagas por curso. Na UA estavam disponíveis 45 vagas. Foram ocupadas 16.
Na 1.ª fase entraram 14 estudantes naquela e outros quatro na 2.ª fase, mas houve, entretanto, duas desistências. Até há dois anos, o contingente especial para estudantes com deficiência só estava aberto para a 1.ª fase do concurso. Agora, está disponível nas duas fases iniciais. De fora fica a 3.ª fase – cujos resultados foram anunciados na última semana.
Os 16 estudantes com deficiência colocados na UA ao abrigo do contingente especial representam o número mais elevado de sempre. Nos últimos quatro anos, o total de ingressos de deficientes naquela instituição de ensino superior aumentou 128,6%.
Estes indicadores estão em linha com o que aconteceu a nível nacional. Este ano foram colocados 310 alunos numa universidade ou politécnico ao abrigo do contingente especial. Em relação a 2015, há um aumento de 158%.
Atendendo ao número de lugares disponíveis no ensino superior no início de cada ano lectivo — que tem estado sempre à volta das 50 mil nos últimos anos —, são cerca de 1000 os lugares em cada ano disponíveis para estudantes com deficiências nas universidades e politécnicos. Ou seja, apesar do crescimento no número de entradas que se tem verificado nos últimos anos, menos de um terço das vagas deste contingente especial são efectivamente ocupadas.