Nuno Melo exclui-se de corrida a líder do CDS e defende candidatura de deputados eleitos

Vice-presidente do CDS-PP defende que deverá ser um dos cinco deputados eleitos para o Parlamento a suceder a Assunção Cristas.

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Nuno Ferreira Santos

O eurodeputado Nuno Melo excluiu-se esta sexta-feira da corrida à sucessão de Assunção Cristas na liderança do CDS e sugeriu que deve ser um dos cinco deputados eleitos a avançar em congresso.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Melo afirmou que, na “actual conjuntura difícil” do partido, saída das legislativas, o futuro líder terá de poder “enfrentar o primeiro-ministro” nos debates quinzenais e “medir talentos” no Parlamento, que agora tem deputados de dois partidos próximos “da área” do CDS, Iniciativa Liberal e Chega.

O vice-presidente e eurodeputado não toma posição sobre os candidatos já “em reflexão”, incluindo o deputado João Almeida, embora admitindo que haverá, fora do Parlamento, potenciais candidatos com muito peso e “capacidade política” para liderar os centristas.

Nuno Melo diz ser o caso de Nuno Magalhães, Lobo Xavier, Adolfo Mesquita Nunes, Diogo Feio e Filipe Lobo D'Ávila.

O “actual momento, muito singular” na vida do partido, que nas legislativas de domingo se viu reduzido de 18 para cinco deputados, com 4,25% dos votos, não é comparável com a situação de 1991, quando o CDS era o único do espaço do centro-direita na Assembleia da República.

Agora, o caminho deverá passar por “chamar jovens e grupos de pessoas” de outras correntes e com outras experiências para conseguir “um ressurgimento” do partido. E dramatizou: “Nesta fase, o objectivo não é só levantar, é também a sobrevivência do partido.”

À Lusa, Nuno Melo defendeu uma reflexão aprofundada sobre o que correu mal com o partido nas legislativas, sugerindo até “uma espécie de estados gerais” do CDS e da direita. Um encontro onde estivessem sectores da sociedade até agora mais afastados do partido, das áreas empresariais ou culturais, exemplificou.