Um segundo informador está disposto a testemunhar sobre o Presidente norte-americano, Donald Trump, visado num inquérito na Câmara de Representantes com vista a um processo de destituição, anunciou o advogado do agente da CIA na origem das primeiras informações.

Citado pela estação de televisão ABC, Mark Zaid, que representa o primeiro informador, disse que a segunda pessoa também pertence aos serviços de informações e tem informações em primeira mão que confirmam elementos referidos pelo primeiro sobre uma conversa telefónica entre Trump e o Presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.

Na conversa, Trump pediu a Zelenski para incentivar uma investigação ao filho de Joe Biden, que disputa a candidatura democrata às presidenciais de 2020, a troco de ajuda a Kiev.

O primeiro informador disse que Trump “usou o poder do cargo para solicitar a interferência de um país estrangeiro” nas eleições de 2020 nos Estados Unidos e que a Casa Branca tentou encobrir esse facto.

Segundo o advogado, o segundo informador já falou com o inspector-geral dos serviços de informações, Michael Atkinson.

Hunter Biden, o segundo filho de Joe Biden, trabalhou para um grupo de gás ucraniano quando o pai era vice-presidente de Barack Obama.

O advogado Andrew Bakaj, que também representa os informadores, escreveu no Twitter: “Posso confirmar que a minha firma e a minha equipa representa vários informadores relacionados com o que foi revelado. E de momento é só o que vamos dizer”.

Mark Zaid fez o anúncio numa entrevista a George Stephanopoulos que é emitida neste domingo. O canal diz que a existência de um segundo informador, que pode dar um testemunho directo sobre a conversa, pode deitar por terra a tese de Trump de que a queixa original é “totalmente errada”.