Os processos, os antagonismos e as descontinuidades geracionais manifestam-se actualmente com força e evidência. Se antes estavam contidos pelos muros da escola, começam a invadir entretanto o espaço público, como se tem visto nas manifestações a pretexto das alterações climáticas. Mesmo que achemos que estas são relativamente inócuas quanto aos objectivos grandiosos que invocam, seria cegueira não percebemos que produzem efeitos no clima social e político. Uma juventude idealizada e abstracta, que não precisa de ganhar forma em nenhum sujeito colectivo e ficou reduzida a um objecto de aspiração universal, tem funcionado para anestesiar os efeitos de uma injunção repetida nas instâncias políticas e outras, que já nem precisa de ser dita para ser ouvida: “Calem-se!”.
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