A ditadura da ilusão
Entre Ken Russell e Tolstoi, Edgar Pêra assina a mais conseguida das suas ficções, um mergulho na toca do coelho do grotesco de um Portugal distópico.
Depois de uma série de atrasos e adiamentos (o filme aguarda estreia quase há um ano), Caminhos Magnétykos acaba por chegar às salas na mesma semana do Joker de Todd Phillips. Curioso que assim seja porque, sendo filmes muito diferentes, partilham um mesmo olhar desesperado, quase desesperançado, sobre a sociedade moderna, ancorado numa personagem que é sistematicamente humilhada, deixada para trás, feita de capacho.
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