“Ok Google, como posso manter a minha informação privada?”

O assistente digital do Google passa a esclarecer o utilizador sobre várias formas de proteger a sua privacidade: desde navegar em privado no Google Maps a escolher a melhor palavra-passe.

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Várias das mudanças que entram agora em vigor tinham sido anunciadas em Maio Reuters/Aly Song

Para assinalar o Mês Europeu da Cibersegurança, que decorre em Outubro, o Google anunciou várias mudanças na sua plataforma para proteger a privacidade dos seus utilizadores: vai ser possível utilizar o Google Maps de forma incógnita, há uma nova funcionalidade que informa o utilizador da qualidade das suas futuras palavras-passe enquanto as está a escolher, e torna-se mais fácil apagar o histórico de pesquisas no YouTube.

Se o utilizador tiver dúvidas, pode pedir ao Assistente do Google para explicar ou fazer as alterações (para já, não há uma versão portuguesa do assistente digital do Google, mas pode-se utilizar a versão inglesa ou a versão de português do Brasil). “Quando o utilizador disser ‘Ok Google, como mantenho a minha informação segura?’ responderemos com informação sobre o nosso trabalho”, explica o Google no comunicado sobre as novidades.

O utilizador também passa a poder eliminar o histórico de interacções com o Assistente com um simples pedido, por exemplo ‘Google, apaga tudo o que eu disse a semana passada’. Recentemente, o Google, e outras tecnológicas como a Amazon, o Facebook, e a Apple, foram alvo de atenção negativa por gravarem excertos de conversas dos utilizadores com os seus assistentes digitais e porem trabalhadores a ouvi-las para melhorarem os sistemas. Embora o Google sempre tenha permitido aos utilizadores desligar a função de gravação de conversas com o Assistente, as pessoas nem sempre se percebia o que estavam a recusar.

Várias das mudanças do Google que entram em vigor nos próximos dias já tinham sido anunciadas em Maio durante o Google I/O, o mais importante evento da empresa para programadores. Além das mudanças com o assistente, com o novo modo de navegação anónimo, passa a ser possível desactivar o histórico de pesquisas no Google Maps para uma determinada sessão.

Isto quer dizer que os lugares que um utilizador pesquisa deixam de poder ser usados pela empresa para personalizar a experiência do utilizador quando usa os serviços do Google – por exemplo, ao receber recomendações de restaurantes ou avisos quando há um acidente num percurso realizado regularmente.

Em Agosto de 2018 a empresa foi alvo de escrutínio sobre a privacidade da ferramenta de mapas depois de uma investigação da agência de notícias Associated Press mostrar que mesmo depois de desactivar o histórico de localização do Google (um serviço que permite à empresa mostrar os locais por onde o utilizador passa numa linha do tempo e num mapa), a informação continuava a ser guardada.

Também passa a ser possível programar as definições do YouTube para eliminar o histórico de pesquisa de vídeos automaticamente num período que pode ir de três a 18 meses. Ao nível da segurança, o novo gestor de palavras-passe passa a informar o utilizador se alguma das palavras-passe que utiliza é fraca, usada em várias contas ou se foi exposta por uma falha de outros serviços. 

Desde 2012 que a União Europeia celebra o Mês Europeu da Cibersegurança, uma iniciativa que promove que tem o objectivo de promover a cibersegurança e a implementação de bons hábitos de navegação online. 

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