Veja em directo a audição de Elisa Ferreira no Parlamento Europeu
Candidata a comissária nomeada por Portugal e indigitada para a pasta da Coesão e Reformas vai responder a perguntas dos eurodeputados.
Elisa Ferreira, a candidata a comissária nomeada por Portugal e indigitada para a pasta da Coesão e Reformas, comparece esta quarta-feira, a partir das 17h30 (hora em Portugal continental), perante a comissão de Desenvolvimento Regional, que é responsável pela condução da sua audição no Parlamento Europeu, à qual se juntam membros das comissões dos Orçamentos e dos Assuntos Económicos e Monetários, uma vez que a presidente eleita da Comissão Europeia alargou o âmbito do seu pelouro.
Com a decisão de Ursula von der Leyen, o pelouro de Elisa Ferreira passará a incluir, além da definição da política regional e gestão dos fundos estruturais, dois novos instrumentos financeiros: um Fundo para a Transição Justa e o Instrumento Orçamental para a Convergência e Competitividade (embrião do orçamento da zona euro).
Ultrapassadas as dúvidas levantadas pelos eurodeputados durante a fase preliminar de análise da declaração de interesses financeiros para a avaliação da existência de conflitos de interesses, e que levaram Elisa Ferreira a vender as acções da Sonae SGPS (proprietária do PÚBLICO) que detinha na sua carteira de investimentos, cabe agora à candidata portuguesa convencer os parlamentares da sua competência para o cargo de comissária e do conhecimento dos dossiers e matérias que caem na sua tutela.
Na mira dos eurodeputados estarão os cortes projectados para a política de coesão na proposta desenhada pela Comissão Europeia para o próximo quadro financeiro plurianual 2021-2027, e que podem chegar aos 10% face ao orçamento que está em vigor. Nas perguntas escritas enviadas a Elisa Ferreira em preparação da audição, os parlamentares quiseram saber se podiam contar com o apoio da comissária indigitada para travar essa proposta e garantir o mesmo envelope financeiro para os programas que apoiam o desenvolvimento regional e a convergência na União Europeia.
A comissária indigitada também será convidada a explicar melhor os princípios que justificaram o reforço do seu portfolio, e em particular qual será a articulação entre a nova componente de “reformas” e a tradicional política da coesão.