Cerca de meio milhão de pessoas marcharam em Montreal liderados por Greta Thunberg

Greta, de 16 anos, liderou a marcha, considerada a mais numerosa da história do Quebeque, na qual também participou o primeiro-ministro Justin Trudeau acompanhado pela sua família.

,Miley Cyrus
Fotogaleria
Reuters/ANDREJ IVANOV
Greta Thunberg
Fotogaleria
Reuters/ALLISON LAMPERT
,Greta Thunberg
Fotogaleria
LUSA/VALERIE BLUM
Fotogaleria
Reuters/ANDREJ IVANOV
Fotogaleria
LUSA/VALERIE BLUM
Fotogaleria
LUSA/VALERIE BLUM
Fotogaleria
Reuters/ANDREJ IVANOV
Fotogaleria
Reuters/ANDREJ IVANOV

Cerca de meio milhão de pessoas, incluindo o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, acompanharam a jovem activista Greta Thunberg a marchar na sexta-feira pelas ruas de Montreal, no Canadá, para reivindicar acções de combate às alterações climáticas. É considerada a mais numerosa manifestação, até hoje, na história da província canadiana do Quebeque. 

“Pelo menos 500 mil estão aqui hoje. Vocês devem estar muito orgulhosos. Nós fizemos isto juntos e não posso agradecer o suficiente”, disse a jovem de 16 anos, que participou na manifestação ao lado de vários líderes indígenas canadianos.

Antes do começo da marcha, Greta também se reuniu em privado, com o primeiro-ministro Justin Trudeau para discutir o tema. Após a reunião, a activista afirmou ter dito ao político canadiano que o país não está a fazer o suficiente para responder à crise climática, embora tenha acrescentado que transmite esta mensagem a todos os líderes políticos. “A minha mensagem para políticos de todo o mundo é a mesma: escute e aja de acordo com o que a ciência diz”, pediu.

ALLISON LAMPERT/Reuters
Fotogaleria
ALLISON LAMPERT/Reuters

A activista redobrou, no entanto, as críticas contra o Canadá e contra a sua terra natal, a Suécia. O Canadá “é um país que supostamente é um líder climático. A Suécia também deve ser um líder climático”, disse. “Nos dois casos, isso não significa nada. Nos dois casos, são simplesmente palavras vazias”, acrescentou.

Milhões saíram à rua em dia greve pelo clima

Além de Montreal, dezenas de milhares de pessoas, em muitos casos jovens em idade escolar, participaram em outros protestos contra a crise climática nas principais cidades do Canadá, como Toronto, Vancôver. A situação repetiu-se um pouco por todo o mundo.

Na Nova Zelândia, segundo os organizadores locais avançaram à Reuters, 170 mil pessoas saíram à rua. Em Seul, na Coreia do Sul, 500 estudantes manifestaram-se contra a inacção governamental. No Twitter, multiplicam-se os vídeos de ruas atulhadas, como em Roma e Helsínquia. Em Washington, activistas pararam o trânsito. E em Lausanne, na Suíça, manifestantes foram detidos.

Em Lisboa, milhares de pessoas desfilaram pelo Cais do Sodré e pela Avenida Almirante Reis, num protesto que abrangeu várias nacionalidades e faixas etárias, com destaque para os jovens. Vários candidatos às eleições legislativas marcaram presença na acção, e três organizações sindicais entregaram pré-avisos de greve, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o Sindicato de Todos os Professores (STOP) e o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS). Em Ponta Delgada a porta-voz dos estudantes que na sexta-feira se manifestaram pelo planeta defendeu que a região deveria acabar com o turismo de cruzeiros devido ao impacto desta indústria sobre o ambiente.

O Comité das Nações Unidas para os Direitos das Crianças saudou a participação de crianças de todo o mundo nas manifestações de luta contra as alterações climáticas, apoiando que “as suas vozes sejam ouvidas e levadas em conta”. O Comité afirmou-se “inspirado pelos milhões de crianças e adolescentes que se manifestaram pela mudança climática”, reconhecendo que os mais novos “já estão a ser afetados pela contaminação, as secas, os desastres naturais e a degradação do ecossistema”.