Sobraram vagas em 264 cursos no final da 2.ª fase de acesso
Há 4583 vagas por atribuir e em 37 cursos ninguém foi colocado. Há mais 9274 estudantes com entrada garantida num curso superior.
Há mais 9274 estudantes com entrada garantida num curso superior, depois de conhecidos, na madrugada desta quinta-feira, os resultados da 2.ª fase do concurso nacional de acesso. A maioria destes alunos vai estudar em institutos politécnicos, mas é também neste subsector do ensino público que está a maioria dos cursos em que ainda sobram lugares. Em 37 deles, não foi colocado um único aluno, no final das duas primeiras etapas de candidatura.
No final da 2.ª fase do concurso nacional de acesso ainda há 4583 vagas por atribuir – do total de 51 mil inicialmente disponíveis. Este número é 14% inferior ao registado no ano passado. Há 264 cursos em que ainda existem lugares disponíveis, dos quais 16 têm, pelo menos, 40 vagas livres.
Os dados divulgados nesta quinta-feira mostram que, depois das duas primeiras fases do concurso, há 37 cursos em que não foi colocado nenhum aluno. Há um que pertence a uma universidade (Engenharia Civil, na Universidade da Beira Interior). A generalidade destes está em institutos politécnicos.
Estas vagas sobrantes devem ainda ser preenchidas no âmbito dos concursos especiais destinados, entre outros, a alunos com mais de 23 anos ou titulares de cursos técnicos superiores profissionais. A maioria dos politécnicos acaba por definir vagas superiores à procura esperada no concurso nacional de acesso precisamente para depois ter lugar para estes públicos alternativos. A estimativa do Ministério da Ciência e Ensino Superior é que, contabilizando todas as vias de ingresso, entrem este ano cerca de 77 mil novos estudantes no ensino superior.
Cada instituição de ensino superior pode agora decidir, para cada um dos seus cursos, o que fazer com as vagas sobrantes, podendo atribui-las a estes contingentes especiais ou abrir lugares na 3.ª e última fase do concurso nacional de acesso, cujas candidaturas decorrem de 3 a 7 de Outubro. Os resultados são conhecidos no dia 11 do mesmo mês.
Contas feitas, os 9274 colocados na 2.ª fase representam uma descida de 178 alunos face a igual período de 2017. Contudo, no conjunto das duas fases já realizadas, e contabilizando os 44.500 estudantes que foram colocados no início deste mês, o total de novos alunos (46.721) é superior em 1,4% ao registado há um ano.
Acabaram por não se inscrever
Há um dado curioso nos resultados da 2.ª fase de acesso ao superior: um número mais elevado do que é habitual de estudantes que, apesar de já terem sido colocados na 1.ª fase, acabaram por não se inscrever no curso que lhes tinha sido destinado, preferindo voltar a apresentar a sua candidatura na 2.ª fase. Foram 4062 os alunos nesta situação. Apenas 88,9% dos 44.500 colocados na 1.ª fase concretizaram a sua inscrição.
Esta situação estará relacionada com o facto de a 1.ª fase do concurso ter sido mais competitiva do que o habitual, sobretudo devido aos resultados positivos nos exames nacionais, o que aumentou as notas de acesso na generalidade dos cursos e deixou muitos alunos fora da sua primeira opção. Muitos destes decidiram agora voltar a tentar a sua sorte. Por exemplo, há cinco colocados na 2.ª fase em cursos de Medicina, que tinham começado por esgotar o número de vagas, mas acabaram por registar trocas de alunos devido a este fenómeno.
Nesta 2.ª fase apresentaram-se a concurso 18.195 candidatos, dos quais 6019 não tinham concorrido à 1.ª fase. Dos mais de 9000 agora colocados, a maioria (4789) garantiu lugar numa instituição do ensino politécnico. As matrículas destes alunos começam esta quinta-feira e prolongam-se até à próxima segunda-feira.