Rio Ave derrota um Sporting desmoralizado e sem rumo

Os “leões” sofreram a terceira derrota consecutiva, despedindo-se de Leonel Pontes sem uma única alegria. Vilacondenses apresentaram-se pragmáticos, acabando por tocar no nervo certo do adversário.

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Momento do jogo entre o Sporting e o Rio Ave LUSA/RODRIGO ANTUNES

O Rio Ave voltou a vencer, nesta quinta-feira em Alvalade, colando-se ao Portimonense no comando do Grupo C da Taça da Liga, deixando, no processo, um “leão” ferido e abandonado à sorte num cenário difícil de explicar, com três derrotas consecutivas. Com o anúncio iminente da chegada de Silas, a Leonel Pontes restava uma passagem de testemunho digna, o que só seria possível com uma vitória... que não aconteceu — seria a primeira como responsável técnico.

O regresso de Bruno Fernandes nos “leões”, após cumprir castigo, ajudava num quadro de gestão de recursos com muitas novidades, desde a baliza à dupla inédita de centrais, o que poderia ser considerado como um sinal para os vilacondenses repetirem a façanha da Liga (vitória 3-2, ainda com Keizer no comando). Mas o Rio Ave tinha outros planos, que passavam pelo reforço defensivo e pelas transições. O Sporting até lidou bem com o bloco baixo dos visitantes, que também apresentaram algumas novidades no “onze” inicial — a pensar na gestão da Liga e no próximo compromisso com o FC Porto.

Carlos Carvalhal investiu em três centrais e dois “sentinelas” nos corredores, deixando apenas Gabrielzinho e Ronan mais soltos. Apesar do dispositivo hermético, nos primeiros 10 minutos os “leões” criaram três claras ocasiões para marcar e levar a partida para uma dimensão superior. Leonel Pontes perceberia, contudo, que Vietto e Bruno Fernandes iriam precisar de insistir para atingir o alvo.

De novo com Battaglia titular, a assumir-se como o farol do meio-campo, o Sporting parecia ter o controlo do jogo, limitando-se a travar os ímpetos de Gabrielzinho, já que a Piazón havia sido aconselhada prudência e contenção. Talvez por isso o brasileiro não tenha acelerado num lançamento ideal para explorar o adiantamento de Rosier. Não avançou Piazón, arriscou Ronan, aproveitando uma transição falhada por Wendel e a lentidão de Rosier a recuperar a posição. O avançado arrancou e foi até ao fim, colocando os vilacondenses na frente.

O efeito inebriante do golo durou pouco, já que a resposta do Sporting foi instantânea: de livre, Bruno Fernandes contou com o desvio de Diogo Figueiras para bater Paulo Vítor. Empate restabelecido, o Sporting parecia disposto a aplicar o garrote. Ideia que teve de recuperar depois do descanso e da lesão de Battaglia.

Mas o Rio Ave sobrevivia à tentativa de asfixiamento e ao pequeno vendaval Rosier (remate ao poste a abrir). Num quadro quezilento, ganhou o Rio Ave, a resolver a noite numa recarga de Piazón, punindo um “leão”... desorientado e sem rumo.

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