BE: as pontes com o PS não foram queimadas

O arranque da campanha do Bloco de Esquerda foi marcado pela tensão com o PS. O clima de crispação foi atenuando ao longo do dia e Catarina Martins sublinhou que o BE não quer queimar pontes.

Bloco de Esquerda em Campanha
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Bloco de Esquerda em Campanha Pedro Fazeres
Catarina Martins esteve no Entroncamento
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Catarina Martins esteve no Entroncamento Pedro Fazeres
Líder do Bloco não quer queimar pontes com PS
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Líder do Bloco não quer queimar pontes com PS

A agenda do Bloco de Esquerda prometia conversas e visitas sobre território, florestas e Plano Ferroviário. Catarina Martins ainda tentou, mas o dia ficou marcado pela tensão com o Partido Socialista. A caravana bloquista arrancou com uma visita ao quartel de Bombeiros Voluntários da Marinha Grande, em Leiria, um dos distritos mais afectados durante os incêndios de Outubro de 2017. Foi lá que, ironicamente, Catarina Martins falou da “relação ardida” com o PS, ressalvando, no entanto, que as pontes entre os bloquistas e socialistas não foram todas queimadas.

Durante a manhã, a líder do Bloco de Esquerda empurrou as culpas do “arrufo” para o PS e acusou os socialistas de estarem a tentar “reescrever a história destes quatro anos com factos que não correspondem à verdade”.

Na base do desentendimento entre o PS e o Bloco de Esquerda está a história da formação da “geringonça”. Do lado do PS, o secretário-geral e primeiro-ministro António Costa e o histórico do partido Manuel Alegre afirmam que o Bloco de Esquerda apenas aceitou fazer parte da solução governativa por ter ido “atrás do PCP”. Na sua versão, o Bloco de Esquerda conta que reuniu com o PS ainda antes de serem conhecidos os resultados eleitorais, na manhã do domingo de eleições.

Ainda assim, e apesar de os últimos dias terem sido marcados por alguns dos momentos mais tensos entre os dois partidos desde as eleições de 2015, Catarina Martins garantiu que o Bloco não quer que este desentendimento se traduza em “pontes queimadas”.

O tom de ataque foi diminuindo ao longo do dia, assim como a crispação que marcou o arranque de campanha. À tarde, durante a visita à EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), no Entroncamento, Catarina Martins fugiu às perguntas sobre o assunto e focou novamente a campanha no programa bloquista e no Plano Ferroviário Nacional defendido pelo partido.

O dia terminou aproximadamente 220 quilómetros depois, em Torres Novas, com o primeiro comício da campanha.

Leia mais sobre o dia da campanha, aqui.

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