Nas prisões pouco se vota e os políticos não são vistos como pessoas de bem

Começa hoje e estende-se até dia 26 o período de voto antecipado dos reclusos para as eleições legislativas. Não é esperada grande participação. Na eleição de há cinco anos, a abstenção ficou acima dos 90%. O PÚBLICO esteve na prisão de Caxias, onde a política desperta pouco interesse e os políticos são muito mal vistos.

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A actriz Cristina Paiva fez uma leitura encenada na prisão de Caxias, Oeiras, a apelar ao voto Miguel Manso
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A actriz Cristina Paiva fez uma leitura encenada na prisão de Caxias, Oeiras, a apelar ao voto Miguel Manso
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Hugo Tavares Miguel Manso
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Inês Roseira é a directora-adjunta do estabelecimento prisional Miguel Manso
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Luís Miguel Manso

A actriz Cristina Paiva faz leituras encenadas. No passado dia 11 levou a sua arte à prisão de Caxias. No parlatório do piso térreo soltaram-se palavras belas de muitos poetas numa sessão de promoção de leitura. Os 23 reclusos presentes gostaram do que viram e ouviram. Mas Cristina tinha outra missão “encomendada” pela direcção da prisão: fazer um apelo ao voto para as eleições legislativas de 6 de Outubro. Aqui, os reclusos agitaram-se pela primeira vez. A política não é tema que lhes agrade e os políticos são muito mal visto. Nas eleições europeias de Maio deste ano, num universo de cerca de 570 detidos naquele estabelecimento, apenas quatro foram às urnas. A nível nacional, dos cerca de 12 mil reclusos aptos para votar nas europeias, foram às urnas 411.

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