Pedro Mendes, uma boa e má notícia para o Sporting em Eindhoven

“Leões” derrotados na Holanda por 3-2 pelo PSV Eindhoven. Leonel Pontes continua sem vencer desde que substituiu Marcel Keizer.

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Momento do jogo entre o Sporting e o PSV Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
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Wendel numa disputa de bola Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
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Mitroglou não saiu do banco do PSV Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
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Van Bommel, treinador do PSV Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
Marcel Keiser
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Leonel Pontes, dois jogos e zero vitórias Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
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Baumgartl marcou o terceiro do PSV Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
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Rozier voltou a ser titular Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW
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Coates marcou um autogolo Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW

A denominada “chicotada psicológica” continua sem ter o seu efeito no Sporting, que continua sem vencer desde que Leonel Pontes substituiu Marcel Keizer. Ao segundo jogo com o seu novo treinador, os “leões” foram derrotados, em Eindhoven, por 3-2 pelo PSV, na primeira jornada do Grupo D da Liga Europa. Mais uma vez, os “leões” mostraram grandes debilidades defensivas, como provam os três golos sofridos, e falta de poder de fogo no ataque. A única boa notícia (e que também é uma má notícia) para o Sporting em terras holandesas foi a “descoberta” de um jovem avançado que só precisou de um minuto para marcar.

Tal como tinha feito no Bessa, há poucos dias, Leonel Pontes voltou a mudar bastante a equipa, recuperando um perfil táctico preferido do seu antigo chefe de equipa no Sporting — Pontes foi adjunto de Paulo Bento, que gostava muito do 4x4x2 losango. Para o seu segundo jogo, Pontes também mudou alguns nomes, recuperando Coates para a defesa, juntando-o a Neto, e iniciando Acuña no lado esquerdo. No meio-campo, a novidade foi Miguel Luís, que ainda não tinha tido qualquer minuto esta época (e isso percebeu-se com o decorrer do jogo), emparelhando Vietto e Bolasie no ataque. Do outro lado, estava um “velho” conhecido dos “leões”: Bruma, extremo formado em Alcochete, era uma das armas escolhidas por Mark van Bommel para o ataque.

O Sporting até pareceu razoavelmente tranquilo nos primeiros minutos, com um domínio das operações no meio-campo e até com alguma intenção de rematar com frequência — Bruno Fernandes fez um ensaio aos 16’, bastante longe da baliza de Zoet. Mas defender uma equipa que joga em transição rápida é coisa que Pontes ainda não ensinou o “leão” a fazer. Aos 19’, uma perda de bola de Bolasie, deixou Mohammed Ihattaren, um jovem de apenas 17 anos, com espaço para fazer um passe em profundidade que conectou com Donyell Malen. O avançado holandês dominou bem e, perante a fraca oposição de Luís Neto (e com Coates longe), rematou cruzado para o fundo da baliza de Renan.

Era um início de jogo nada auspicioso para o Sporting e ainda piorou. Aos 25’, Bruma foi solicitado no flanco por Ihattaren, fez o cruzamento e, antes de lá chegar alguém do PSV, Coates antecipou-se e meteu a bola na própria baliza — mais um jogo desastrado para o central uruguaio, depois do seu hat trick de penáltis frente ao Rio Ave.

Ainda assim, o Sporting conseguiu levantar um bocadinho a cabeça antes do intervalo. Acuña, um dos melhores da equipa, fez o passe para Bolasie e o congolês foi derrubado na área por Jorrit Hendrix. Da marca dos 11 metros, Bruno Fernandes deixou o jogo em 2-1, aos 39’.

Mas o impacto deste golo acabou por ser mínimo. Dois minutos de segunda parte e o PSV voltava a aproveitar a sonolência defensiva dos “leões”. Canto de Ihattaren e a bola foi ter direitinha com o central Baumgartl, que marcou o 3-1 e deixou os “leões” mais longe de, sequer, pontuar no Philips Stadium. O Sporting até reagiu bem ao terceiro golo sofrido e pode dizer-se que teve algumas boas situações para reduzir, como um cabeceamento de Bruno Fernandes, aos 55’, após cruzamento de Acuña, uma jogada de Bolasie, aos 56’, a que Vietto não respondeu da melhor maneira, entre múltiplas outras ocasiões em que a bola passou ou ao lado ou morreu nas mãos do guardião holandês.

Pontes já tinha lançado Jovane Cabral aos 64’, com bons efeitos, e, aos 81’, deu mais uma injecção de juventude na equipa, com a entrada de Pedro Mendes, avançado goleador dos sub-23 que não foi inscrito para jogar na Liga portuguesa, mas que pode jogar na Liga Europa. Um minuto depois, o jovem ponta-de-lança recebeu a bola à entrada da área e de costas para a baliza, rodou na direcção certa e atirou a contar. Um golo em 73 segundos para o rapaz que nasceu em Guimarães. Mas a retoma “leonina” ficou por aqui.

Para o Sporting, segue-se agora uma recepção ao líder do campeonato, o Famalicão, sem poder contar com esta injecção de juventude e vontade de agradar. Tudo porque os “leões” foram uma equipa que contratou três extremos no último dia de mercado, o mesmo dia em que vendeu um ponta-de-lança com quase 100 golos marcados nas últimas três temporadas. E não teve espaço para Pedro Mendes. Quem o quiser ver, pode ligar-se aos jogos dos sub-23 do Sporting ou esperar pelo próximo jogo da Liga Europa.

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