Ele está no meio de nós
A exposição Prince: As Never Seen Before by Steve Parke, actualmente a decorrer no Porto, é uma imersão no universo deep purple do músico americano a partir da câmara – melhor, do olhar – de Steve Parke, seu director artístico e fotógrafo por mais de uma década.
Em Setembro do ano passado, Piano & a Microphone 1983: o primeiro disco póstumo de originais saía finalmente. Em Junho último, foi a vez de Originals, álbum com as demos originais que um dia Prince compôs para ficarem famosas nas vozes de terceiros. Agora, a fechar 2019, a previsão de uma super reedição de luxo (com direito a numerosos inéditos) do LP 1999 e, como se ainda não fosse espectralidade que bastasse, o anúncio do lançamento, em Outubro próximo, de The Beautiful Ones, autobiografia (inacabada) que o americano quis ferreamente que se cumprisse (vale a pena ler a crónica assinada recentemente na New Yorker por Dan Piepenbring, um dos colaboradores de Prince na redacção do livro). Se os elementos atrás descritos não fossem suficientes para convencer os menos dados a metáforas, a exposição de Steve Parke, director artístico e fotógrafo de Prince durante 13 anos (1988-2001), inaugurada, com a presença do próprio, na semana passada no Arrábida Shopping, deixa pouca margem para dúvidas: ele, Prince Rogers Nelson, está mesmo no meio de nós.
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