Ringo Starr e Paul McCartney juntaram-se para gravar uma canção inacabada de John Lennon
Grow old with me foi composta no último ano de vida do ex-Beatle, que em Dezembro de 1980 foi assassinado à porta do seu apartamento em Manhattan. O tema integrará o próximo álbum a solo do baterista da banda de Liverpool, What’s My Name, cujo lançamento está agendado para Outubro.
Os dois derradeiros sobreviventes dos Beatles, Paul McCartney e Ringo Starr, voltaram a juntar-se, desta vez para gravar uma versão de uma canção inacabada de John Lennon. Grow with me foi composta durante as sessões de gravação do último álbum de Lennon, Double Fantasy (1980) – o ex-Beatle morreria menos de um mês depois do lançamento do disco, a 8 de Dezembro, assassinado por Mark Chapman à porta do seu apartamento em Manhattan, Nova Iorque –, e viria a ser incluída por Yoko Ono no álbum póstumo Milk and Honey, de 1984.
A gravação original da faixa, de que Ringo teve conhecimento através de Jack Douglas, o produtor de Double Fantasy, integrava um conjunto de demos de Lennon que ficou conhecido como The Bermuda Tapes. “Simplesmente adorei a canção. Cantei-a o melhor que pude; acho que me supero quando penso tão profundamente no John. Fiz o meu melhor. Fizemos o nosso melhor”, comentou o ex-baterista dos Beatles, citado pelo diário britânico The Guardian.
Grow with me integrará o próximo álbum a solo de Ringo Starr, o seu 20.º, What's My Name, cujo lançamento está agendado para 25 de Outubro. Tal como já acontecera no seu disco anterior, Give More Love (2017), Ringo convidou Paul McCartney a juntar-se-lhe no estúdio que montou em sua casa, mas agora com o objectivo declarado de reunir, na medida do possível, a histórica formação dos Beatles, que além dos dois músicos incluía ainda John Lennon (1940-1980) e George Harrison (1943-2001): “O Paul toca baixo e canta um pedacinho [da canção] comigo. O John está lá, num certo sentido. Eu estou lá. E os arranjos de cordas que o Jack propôs para esta faixa, se ouvirem bem, retomam uma linha do Here comes the sun [de George Harrison]. Portanto, somos nós os quatro.” E não, acrescentou o músico, de 79 anos, no comunicado divulgado esta sexta-feira, “isto não é um golpe publicitário": Grow with me é mesmo a sua declaração de amor a uma das bandas mais amadas de sempre, uma banda que ele esteve quase para não integrar e que nunca teria sido a mesma sem ele.