Os novos roteiros dos Caminhos de Fátima reforçam segurança e ligação ao património

Os roteiros dividem-se pelos caminhos do Tejo, da Nazaré e do Norte.

Foto
DR

Três novos roteiros dos Caminhos de Fátima vão reforçar a segurança dos peregrinos que se dirigem para aquele santuário, enriquecendo a experiência com ligações ao património cultural e religioso, anunciou o reitor do Santuário de Fátima.

Na apresentação dos roteiros “Caminho do Tejo”, “Caminho da Nazaré” e “Caminho do Norte”, que integram o projecto Caminhos de Fátima do Centro Nacional de Cultural (CNC), Carlos Cabecinhas salientou a importância de valorizar a caminhada e a segurança dos peregrinos.

“O Santuário e o CNC querem proporcionar uma experiência mais agradável e mais segura. Temos a percepção que quem vem a Fátima procura sempre a estrada mais curta para chegar ao seu destino, mas não basta o caminho mais curto: é fundamental que seja o mais seguro. Essa preocupação esteve sempre presente nestes roteiros”, sublinhou o reitor do Santuário.

DR
DR
DR
Fotogaleria
DR

Através do diálogo com autoridades e pesquisa de alternativas, os roteiros, que serão distribuídos a partir de 16 de Setembro, orientam quem peregrina até Fátima “por caminhos que sejam cada vez mais seguros”.

A par disso, os roteiros são “particularmente relevantes do ponto vista espiritual e do ponto de vista cultural”, sendo “um sinal inequívoco da importância crescente que se está a dar aos caminhos que os peregrinos tomam para vir a Fátima”.

Para a presidente do CNC, Maria Marques Calado, a aposta nos roteiros justifica-se pela ligação emocional ao local de culto. A instituição foi criada a 13 de Maio de 1945, “quando um grupo de católicos vieram a Fátima em peregrinação e, na euforia do fim da II Guerra Mundial e com o desejo de internacionalização da cultura, decidiram criar uma organização a que chamaram CNC”.

Proporcionando “uma verdadeira espiritualidade”, os roteiros têm como meta o Santuário de Fátima. Entre eles, o “Caminho do Norte” é o mais extenso – quase 370 km -, começando em Valença e coincidindo em grande parte com os Caminhos de Santiago, no sentido inverso.

“Quem fizer este caminho fica a conhecer a história, a vida a cultura do nosso país ao longo de 17 jornadas”, frisou Maria Calado.

Já o reitor do Santuário de Fátima rejeita a ideia de “concorrência” com Santiago: “Os centros de peregrinação não são concorrentes entre si. O facto dos caminhos de Fátima e de Santiago coincidirem no território português em muitos troços é uma vantagem e não um risco. Valoriza quer um quer outro centro de peregrinação”.

Nos Caminhos do Tejo DR
Nos Caminhos do Norte DR
Nos Caminhos da Nazaré DR
Fotogaleria
Nos Caminhos do Tejo DR

Os roteiros estão editados em português, espanhol e inglês e serão distribuídos sobretudo através das entidades regionais de turismo. Até ao fim do ano, o CNC conta disponibilizar em versão digital em italiano e alemão.

Ausente do país, a secretária de Estado do Turismo enviou uma mensagem para Fátima salientando o carácter “emblemático” dos roteiros. Ana Mendes Godinho lembrou que os Caminhos de Fátima integram a plataforma Caminhos da Fé, do Turismo de Portugal, que é “uma forma de afirmação de Portugal como um país que constrói caminhos, encontra soluções e onde cada um de nós se redescobre neste mundo em permanente ebulição”.