Uma proposta italiana: mudar-se para uma aldeia e receber 700 euros por mês

“É uma maneira de dar vida às nossas terras”, diz Donato Toma, presidente da região de Molise. Os candidatos têm é de garantir que vão abrir um negócio, por pequeno que seja.

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Molise Aude-Andre Saturnio/Unsplash

Depois da oferta de casas por um euro, como no caso de Sambuca, na Sicília, há mais propostas em Itália para atrair habitantes, incluindo a nova oferta vinda da região de Molise, que inclui o pagamento de 700 euros por mês ao longo de três anos. Contudo, neste caso, há alguns requisitos a preencher: a aldeia escolhida não pode ultrapassar os 2000 habitantes e o recém-chegado terá de se comprometer a abrir um negócio.

“Queremos fazer mais. Queremos que as pessoas invistam aqui. Quem vier pode abrir qualquer tipo de negócio: uma padaria, uma papelaria, um restaurante, qualquer coisa. É uma maneira de dar vida às nossas terras e também de aumentar a população”, justifica Donato Toma, presidente da região, localizada no sul de Itália, ao The Guardian.

O objectivo é dinamizar as regiões subpovoadas, por isso, também há outras medidas que vão ser adoptadas. Cada localidade com menos de 2000 habitantes irá receber dez mil euros por mês para investir em infra-estruturas e actividades culturais. “Não se trata apenas de aumentar a população”, diz Toma. “As pessoas também precisam de infra-estruturas e de um motivo para ficar, caso contrário, voltaremos onde estávamos há alguns anos”.

Segundo adianta o jornal italiano La Repubblica​, os detalhes serão publicados no site da região a 16 de Setembro. O projecto deverá representar um investimento de cerca de um milhão de euros.

Molise é uma das regiões italianas com maior perda de residentes nos últimos anos. Com cerca de 350 mil habitantes, perdeu 9 mil desde 2014 e, só em 2018, pelo menos 2800 morreram ou mudaram-se.

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