A Nazaré entre cruzes, tamancas e fatos de neoprene
O mais célebre destino de peregrinação mariana antes de Fátima, a pitoresca vila de pescadores glorificada pelo Estado Novo, nova meca das ondas grandes e rendez vous das estrelas do surf mundial. A Nazaré oferece hoje uma conjugação única, colorida e sugestiva desses clichés que ajudam a definir um país inteiro.
A Nazaré anda nas bocas do mundo desde que “descobriram” as ondas gigantes da Praia do Norte. Foram as vagas que elevaram a vila do distrito de Leiria à alta-roda do surf mundial, ao mesmo tempo que proporcionaram ao país uma nova atracção turística - e uma razão extra para (se auto) celebrar. Mas antes disso, muito antes disso, já a localidade costeira a meio caminho entre Lisboa e o Porto era um dos sítios mais queridos de Portugal. A Nazaré está, na verdade, associada a um dos mitos dos primórdios da nacionalidade, aquele mesmo que sela a ligação de D. Fuas Roupinho ao culto Mariano, ou seja, o País e a Fé. Reza a lenda que foi N.ª Sra da Nazaré quem salvou a vida ao herói da Reconquista, advertindo-o para a iminência de uma queda certamente mortal, num dia de nevoeiro em que caçava um cervo nas alturas do Sítio.
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