MRPP critica escolha de “madame Ferreira” para comissária europeia

Partido diz que escolha é uma “justa recompensa pelo elevado papel de traição que a ex-ministra do PS desempenhou, enquanto deputada europeia”.

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O MRPP critica Elisa Ferreira e António Costa LUSA/TIAGO PETINGA

O PCTP/MRPP criticou nesta segunda-feira a escolha da ex-ministra socialista Elisa Ferreira para comissária europeia em representação de Portugal, acusando-a de traição aos interesses do país.

A escolha da “madame Ferreira” é uma “justa recompensa pelo elevado papel de traição que a ex-ministra do PS desempenhou, enquanto deputada europeia do “partido de [António José] Seguro”, ex-líder dos socialistas, lê-se num comunicado publicado hoje pelo Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (PCTP/MRPP).

“Não podia mesmo ser melhor. Um partido de lacaios só podia entregar a sua representação na comissão europeia a quem fez questão de estar na primeira linha da venda do país aos interesses do imperialismo germânico”, comenta ainda o PCTP/MRPP.

No texto, o partido cita, por quatro vezes, artigos do líder histórico do PCTP, Arnaldo Matos, que morreu este ano, que atacou a legislação do mecanismo único de resolução dos bancos, aprovada no Parlamento Europeu por Elisa Ferreira, ou “Madame Ferreira”, como se lhe refere o partido ao longo do texto.

Esta legislação “deixa Portugal verdadeiramente sem bancos, já que o Estado português não terá qualquer poder político e financeiro sobre os bancos”, escreveu Arnaldo de Matos em abril de 2014.

O primeiro-ministro, António Costa, escolheu, em 27 de Agosto, a ex-ministra socialista Elisa Ferreira para comissária europeia e já o comunicou à nova presidente da comissão, sucedendo ao social-democrata Carlos Moedas.