Pedro estava a precisar dos seus fantasmas, Antonio estava a precisar da sua carreira

Nenhum outro actor estaria mais bem apetrechado para personificar Pedro Almodóvar do que Antonio Banderas. Depois de uma colaboração e uma amizade de décadas, a história de amor concretiza-se neste filme encantatório, Dor e Glória, que chega às salas portuguesas a 5 de Setembro. Eis um realizador em encontro introspectivo com os seus fantasmas, escolhendo um actor que, como resulta desta entrevista, estava a precisar de reavaliar a sua carreira.

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Há muito tempo que Antonio Banderas não se sentia tão bem, a nível profissional e na sua vida privada. O actor espanhol, que fez recentemente 59 anos, tinha apontado baterias para Hollywood como o grande amante latino, mas acabara por ver os seus compatriotas Javier Bardem e Penélope Cruz a chegarem mais longe, arrebatarem nomeações para os Óscares e ele não. Mas agora alcançou finalmente o reconhecimento que tanto ambicionava. Recebeu o prémio de melhor actor no Festival de Cannes pela sua actuação em Dor e Glória, o seu oitavo filme com o realizador Pedro Almodóvar, e dedicou o galardão ao seu velho amigo.

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