Granja, a praia chique onde o cronista nem conseguiu descansar
A Granja ainda conserva muitos sinais da praia aristocrata que era, quando Ramalho Ortigão a visitou há quase século e meio. E ao contrário do que transparece na crónica que sobre ela escreveu, é uma praia a merecer visita.
José Duarte chegou ali de comboio, que era como se chegava àquele lugar que quase não era lugar nenhum antes de o comboio lá parar, em 1864. Em pouco mais de uma década, a Granja, ali a sul de Gaia, tornara-se “uma povoação diamante, uma estação bijou, uma praia de algibeira”, “a mais graciosa, a mais fresca, a mais asseada das estações de recreio em Portugal”, e o jornalista e escritor Ramalho Ortigão não podia, por isso, deixar de a incluir no seu novíssimo guia As Praias de Portugal, editado em 1876, no mesmo ano em que o lugar ganharia um lugar na história com a assinatura, ali mesmo, em Setembro, de um pacto que levaria à fusão dos partidos Histórico e Reformista e consequente criação do Partido Progressista.
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