Raros e valiosos. Há Supercarros no Caramulo
Uma exposição obrigatória para os apaixonados pelos automóveis. São máquinas únicas, incluindo o “primeiro supercarro do mundo”. A exposição dos “Supercarros” mostra-se no Museu do Caramulo de 24 de Agosto a 1 de Outubro.
Durante três dias, entre 6 e 8 de Setembro, o Museu do Caramulo recebe mais um Motorfestival e, este ano, há mais uma razão para rumar à vila do concelho de Tondela: os Supercarros, exposição temporária que inaugura a 24 de Agosto e ficará patente até Outubro.
De acordo com nota do Museu do Caramulo, esta é “a sua maior exposição temporária de 2019” e a “mais difícil de reunir”. “Esta foi a exposição mais difícil que já montámos até hoje pela dificuldade em reunir um conjunto de automóveis tão raros e valiosos em todos os aspectos. São modelos muito exclusivos, que raramente aparecem, pelo que conseguir trazê-los todos até ao Caramulo, mesmo que por um curto período de tempo, foi um grande desafio.”
Entre as viaturas exibidas está aquele que é considerado por muitos o primeiro supercarro do mundo, o Lamborghini P400 SV Miura. Apresentado ainda sem carroçaria, no salão de Turim, em 1965, o Miura acabaria por conhecer a sua versão comercial um ano depois. No Caramulo, porém, está um modelo de 1971, da terceira e última série construída, da qual saíram apenas 147 unidades. No caso, este P400 SV Miura saiu de Sant’Agata, a 22 de Abril de 1971, tendo regressado à fábrica, em 1985, para ser totalmente revisto mecanicamente, pintado e estofado. O bloco de 4,0 litros desenvolve 385cv, sendo capaz de ultrapassar os 280 km/h.
Mas há mais estrelas de fazer sonhar os apaixonados pelo mundo automóvel. É o caso do icónico Ferrari F40, construído manualmente em 1990 e cuja aquisição exigia uma série de atributos: a marca exigia que o seu comprador tivesse pelo menos já dois Ferrari em sua posse. Ainda da casa do Cavallino Rampante, destaque para o ambicioso LaFerrari, um exclusivo e valioso modelo com 963cv, do qual existe um exemplar em Portugal.
Ainda de Itália, destaque para um moderno Lamborghini Aventador SV, de 2016, com uma relação peso-potência de 2,03kg por cavalo. O motor V12 de 6,5 litros debita 750cv às 8400rpm, atingindo um binário de 690Nm às 5500rpm.
Entre os sucessos franceses, a exposição integra um Bugatti EB110 de produção de 1993, desenhado por Marcelo Gandini e com alterações introduzidas por Gianpaolo Benedini e por Paolo Stanzani (co-criador do Lamborghini Miura e Countach). Com um chassis em fibra de carbono, um motor V12 de 3,5 litros e uma caixa de seis velocidades, o carro chegava com 550cv, reclamando uma velocidade máxima de 343 km/h.
Já da Alemanha, além do icónico Porsche 911 GT2 RS (2018), que acelera dos 0 aos 100 km/h em vertiginosos 2,8 segundos, a exposição integra dois Mercedes-Benz de respeito: o Mercedes-AMG GT R, de 2017, a debitar 585cv, o Mercedes-Benz SLR, desenvolvido em conjunto com a McLaren no início do século. E, por falar em Mclaren, numa exibição de supercarros não podia faltar o incrível 675LT MSO (2015), considerado como o modelo mais parecido com o célebre P1.
Por fim, do outro lado do Atlântico, brilha um Ford GT (2005), com um V8 de 5,4 litros a desenvolver 550cv às 6500rpm e com um binário máximo de 678 Nm a revelar-se bem cedo: às 4500rpm, graças ao compressor volumétrico Eaton.