Pardal Henriques nas listas do PDR: tabu pode ser desfeito hoje
Em entrevista à SIC Notícias, o assessor jurídico confirmou que foi convidado para integrar as listas do partido de Marinho e Pinto.
O Partido Democrático Republicano (PDR), liderado por Marinho e Pinto, vai entregar esta quarta-feira à tarde, no Tribunal da Comarca do Porto, Palácio da Justiça, a lista dos candidatos a deputados pelo distrito do Porto. Marinho e Pinto admite falar sobre a lista de Lisboa. Deverá ser esse o momento para desfazer o tabu dos últimos dias: será que o advogado Pedro Pardal Henriques vai candidatar-se pelo PDR?
Na terça-feira à noite, na SIC Notícias, já depois de reunião com os patrões no Ministério das Infra-Estruturas, Pardal Henriques foi questionado sobre a sua ambição política. Depois de referir que “este não é o tempo para dar notícia sobre esse assunto”, o assessor jurídico do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas confirmou que foi convidado por Marinho e Pinto para as listas do PDR.
“Confirmo que fui convidado pelo PDR e confirmo que não tenho ainda nenhuma decisão tomada”, disse Pedro Pardal Henriques, assumindo que decidirá “atempadamente depois de falar com as pessoas” que considera obrigatório ouvir, ou seja, a família. Outro aspecto que contribuirá para a decisão é a avaliação sobre se reúne ou não condições para que a sua candidatura possa “ajudar a fazer diferença no país ou na Assembleia da República”.
“Aceitei esta luta como aceito todas as causas em que acredito”, acrescentou o assessor jurídico para justificar que não se tratou de ganhar visibilidade para ser candidato ou seguir um futuro político.
Já antes, em entrevista ao PÚBLICO, Pardal Henriques havia recusado falar sobre o assunto até que a questão dos trabalhadores fosse resolvida. “Conheço o Dr. Marinho e Pinto, admiro a postura que teve como Bastonário [da Ordem dos Advogados] e quando terminou funções. Mais do que isto não vou responder”, disse.
À Rádio Observador, Marinho e Pinto havia já confirmado que o nome de Pardal Henriques era uma hipótese. “Aqui não há centralismo democrático, não são as direcções que decidem. Estamos num partido democrático, não confirmamos nem desmentimos nenhum nome que seja apresentado pela comunicação social sem as listas serem aprovadas, não faz sentido”, afirmou.