Fogos, menos gelo, morsas na costa: Julho foi o mês mais quente de sempre no Alasca

O aumento da temperatura levou ao degelo e à antecipação da época dos incêndios.

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O mês de Julho foi o mais quente de sempre no Alasca, revelou este sábado o serviço meteorológico dos Estados Unidos, apontando que o aumento da temperatura levou ao degelo e à antecipação da época dos incêndios.

A temperatura média na região, em Julho passado, foi de 14,5º Celsius, mais 3ºC do que a média normal e mais 0,4ºC do que a de Julho de 2004, mês homólogo que era considerado o mais quente.

Pela primeira vez, a maior cidade do estado do Alasca, Anchorage, chegou em 4 de Julho aos 32,22ºC, mais 5ºC do que o anterior recorde para a temperatura máxima.

De acordo com o serviço meteorológico norte-americano, Julho foi o mês mais quente no Alasca desde que se iniciaram os registos da temperatura, em 1880.

O gelo no mar do Alasca caiu para o nível mais baixo de sempre para o mês de Julho, segundo a Universidade de Colorado, fazendo com que, no dia 30, milhares de morsas se tivessem amontoado pela primeira vez na costa.

Este ano, a temporada de fogos começou em Abril e prolongou-se até Julho devido à seca e ao calor. O calor excessivo levou a que alguns agricultores conseguissem cultivar tomates e pimenta por mais tempo, fora de estufas.

O mês de Julho de 2019 foi, globalmente, o mês mais quente de sempre (desde que há registos meteorológicos), segundo a informação divulgada a 5 de Agosto pelo Copérnico, programa europeu de observação por satélite da Terra. O último mês mais quente a nível mundial tinha sido registado em Julho de 2016.

Fenómenos climáticos extremos, como ondas de calor, seca e subida do nível do mar, poderão ser mais frequentes devido ao aquecimento do planeta, têm alertado os cientistas.

Este mês, um relatório da ONU alertou para a ameaça na produção de alimentos no mundo por causa do aquecimento global.