Coreia do Norte confirma lançamento de dois projécteis
As autoridades sul-coreanas anunciaram que o seu vizinho do Norte tinha lançado dois “projécteis não identificados” que caíram no mar do Japão, na costa leste do país. Este foi o sexto lançamento desde o final de Julho.
A Coreia do Norte confirmou este sábado o lançamento de dois projécteis no dia anterior, um teste “bem-sucedido” que foi novamente supervisionado pelo líder Kim Jong-un, informou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
Numa declaração em que elogiou o trabalho dos cientistas do país para o rápido desenvolvimento da arma, sobre a qual não deu mais detalhes, Kim apontou que o seu objectivo é “construir uma defesa que tenha capacidades militares invencíveis, que ninguém se atreva a provocar e seguir o fortalecimento” do poderio militar norte-coreano.
“Todos se devem lembrar que o objectivo central do partido e a sua firme vontade é construir uma força forte o suficiente para impedir quaisquer [outras] forças de ousar provocar-nos”, afirmou Kim, segundo a KCNA.
Estas informações foram divulgadas cerca de 24 horas depois de as autoridades sul-coreanas terem anunciado que o seu vizinho do Norte tinha lançado dois “projécteis não identificados" que caíram no mar do Japão, na costa leste do país, o sexto lançamento desde o final de Julho.
Os projécteis foram disparados na sexta-feira da província de Kangwon, atingiram uma altura máxima de 30 quilómetros e percorreram cerca de 230 quilómetros antes de caírem no mar do Japão, segundo as autoridades sul-coreanas. Especialistas apontam que os projécteis têm semelhanças externas com o modelo ATACMS, um míssil de superfície, fabricado nos Estados Unidos.
Na sexta-feira, a Comissão para a Reunificação do Pacífico, uma instituição do poder norte-coreano, tinha criticado, horas antes do último ensaio, as declarações do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, feitas na quinta-feira.
No discurso, por ocasião do aniversário da libertação da Coreia da ocupação japonesa (1910-1945), Moon Jae-in afirmou que o seu objectivo consiste em alcançar “a paz e a unificação até 2045”, embora o mandato presidencial termine em 2022.
A Coreia do Norte acusou Seul de ser responsável pelo actual congelamento das negociações entre os dois países e pela não implementação da “declaração histórica da Panmunjom”.