Os galos do tempo, os meteorologistas das casas portuguesas nos anos 60, 70 e 80
Um inventor espalhou galos, e depois santas meteorológicas, pelas casas do país e arredores. Hoje são tanto artesanato nacional quanto souvenir para turista levar e português recordar.
“A minha avó Luísa tinha sempre um em cima da televisão”, diz um testemunho algarvio. “Aquilo não falhava. Estava na salinha de estar, onde passávamos mais tempo e onde está a televisão, e sabíamos de imediato a previsão do tempo”, dizem as memórias de dois irmãos que eram adolescentes nos anos 1970 em Lisboa. Nos anos 1960, 70 e 80, o galo do tempo estava em toda a parte a anunciar um dia de sol quando estava azul ou a avisar que vinha chuva quando se punha rosa. Os seus poderes divinatórios só seriam suplantados, anos depois, por outra figura tão amada e icónica em Portugal: a Nossa Senhora de Fátima, em cujo manto passaria também a estar depositada a fé meteorológica. Esta é uma história, e uma febre científico-decorativa, de fabrico 100% português.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.