Reportagem do PÚBLICO ganha prémio de jornalismo da Rede Europeia Antipobreza

Reportagem Esta escola já não é só para ciganos, sobre a inclusão das crianças ciganas na escolaridade obrigatória, mereceu o primeiro lugar no prémio de jornalismo “Analisar a pobreza na Imprensa”, instituído pela Rede Europeia Antipobreza (EAPN).

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"Esta escola já não é só para ciganos" alcançou o primeiro lugar no prémio de jornalismo “Analisar a pobreza na Imprensa” Adriano Miranda

Os jornalistas do PÚBLICO Ana Cristina Pereira e Adriano Miranda foram distinguidos na primeira edição do prémio de jornalismo “Analisar a pobreza na Imprensa” da  EAPN-Portugal/Rede Europeia Antipobreza. O primeiro lugar na Categoria da Imprensa Nacional foi atribuído à peça Esta escola já não é só para ciganos.

A série de Ana Cristina Pereira e Adriano Miranda sobre crianças ciganas e escolaridade obrigatória, de que esta reportagem faz parte, já tinha sido distinguida com o prémio Direitos da Criança em Notícia, atribuídos pelo Fórum sobre os Direitos das Crianças e dos Jovens, com o apoio da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens​ e da Sociedade Portuguesa de Autores.

Também da autoria de Ana Cristina Pereira, mas com Paulo Pimenta, foi distinguida a peça Lurdes vive na carcaça de uma antiga escola. Para onde irá agora?A esta foi atribuído o terceiro lugar. 

Segundo um comunicado emitido esta tarde pela organização, o objectivo é “distinguir trabalhos jornalísticos que abordem a pobreza e a exclusão social de forma digna, livre de preconceito e de outras representações negativas sobre estas matérias”. O processo começou com a selecção de trabalhos jornalísticos publicados na imprensa nacional e na imprensa regional em 2018. Os trabalhos foram seleccionados pelos 18 Conselhos Locais de Cidadãos (CLC) em situação de pobreza – um por distrito –, num total de 58 (28 nacionais e 30 regionais).

Seis desses trabalhos foram distinguidos pelo júri, constituído por quatro membros dos núcleos, Cidália Barriga (CLC de Évora), Francisco Rico (CLC de Aveiro), Jaime Filipe (CLC de Setúbal), Jaime Janeiro (CLC de Portalegre), e três académicos, Rita Simões (Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), Paulo Alves (Universidade do Algarve) e Fernando Zamith (Departamento de Ciências da Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto). 

Dos distinguidos na Categoria da Imprensa Nacional fizeram ainda parte Ana Mafalda Inácio e Reinaldo Rodrigues (Diário de Notícias) com o trabalho Um milhão e 700 mil portugueses têm incapacidade. Somos uma sociedade inclusiva?. Já na Categoria Imprensa Regional destacaram-se, no primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente, Ana Martins Ventura e Alex Gaspar (O Setubalense) com Esta é uma vitória nossa, Carlos Almeida e Joaquim Dâmaso (Jornal Região de Leiria) com Inclusão – Quando as empresas abrem portas à diferença todos saem a ganhar, e Daniela Franco Sousa e Ricardo Graça (Jornal de Leiria) com Sementes da Globalização.

Em ambas as categorias – nacional e regional – só o primeiro lugar receberá um prémio, uma peça assinada pelo artista plástico João Carqueijeiro. O segundo e o terceiro lugar serão agraciados com um galardão simbólico. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar no Museu Nacional da Imprensa, no Porto, no dia 16 de Outubro, pelas 18h00, no decurso do Fórum Nacional de Pessoas em Situação de Pobreza e Exclusão Social, que este ano será dedicado ao tema A pobreza é notícia? O papel dos media no combate à pobreza.

Este prémio foi criado em 2010 pela EAPN- Áustria. Outros países europeus foram seguindo o exemplo. Esta é a primeira vez que a EAPN-Portugal o atribui. Pretende dar continuidade à iniciativa e abranger outras categorias.

Texto editado por Pedro Sales Dias

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