Trump atribui ataques a “ódio” e problemas de “doença mental”
“O ódio não tem lugar no nosso país”, disse o Presidente dos EUA na primeira declaração depois dos ataques em El Paso e Dayton. “É necessário que isto termine. Prolonga-se há anos e anos.”
Donald Trump assegurou este domingo que o “ódio” não tem lugar nos Estados Unidos, nas primeiras declarações depois de dois tiroteios que provocaram 29 mortos e que o Presidente do país atribuiu também a problemas de doença mental.
“O ódio não tem lugar no nosso país”, disse. “É necessário que isto termine. Prolonga-se há anos e anos”, precisou o chefe da Casa Branca em declarações no estado de Nova Jérsia, onde passou o fim-de-semana no seu clube de golfe, acompanhado pela mulher.
“Já fizemos muito [nesta administração], mas talvez seja preciso fazer ainda mais. Mas, se virmos os dois casos, isto também é um problema de doença mental. São duas pessoas que estão muito doentes do ponto de vista mental”, disse em breves declarações, as primeiras depois dos ataques em El Paso e Dayton.
Elogiando a actuação rápida das autoridades (em Dayton, levaram apenas um minuto a abater o atacante, que fez, no entanto, nove mortes), Trump afirmou que as tragédias foram “horríveis, mas podiam ter sido muito piores”.
Trump, que prometeu nova comunicação para segunda-feira, evitou responder às perguntas sobre o suposto manifesto anti-imigração e racista publicado pelo suspeito do massacre de El Paso, no Texas.
No entanto, assinalou ter contactado com os governadores do Texas e do Ohio, e ainda com o procurador-geral William Barr e membros do Congresso, para analisar as medidas que poderão ser aplicadas para travar a violência com armas de fogo no país. “Muitas coisas estão a ser preparadas”, disse, sem concretizar.
O tiroteio de sábado num centro comercial de El Paso, no Texas, provocou pelos menos 20 mortos e 26 feridos.
As autoridades norte-americanas já definiram o ataque protagonizado por Patrick Crusius, um branco de 21 anos, como um “crime de ódio” e o procurador de El Paso informou que vai ser solicitada a pena de morte.
Às primeiras horas de domingo, num segundo tiroteio na cidade de Dayton, no Ohio, Connor Betts, de 24 anos, matou nove pessoas, incluindo a sua irmã, e feriu dezenas de outras antes de ser abatido pela polícia. Os motivos do ataque ainda não são conhecidos.