Temperatura sobe e termómetros chegam aos 35 graus

Há risco máximo de incêndio em 18 concelhos.

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Daniel Rocha/arquivo

O fim-de-semana começa com uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões do interior Norte e Centro, com os termómetros a chegarem aos 35 graus em Castelo Branco, segundo as previsões para esta sexta-feira do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Já a temperatura mínima não deverá descer abaixo dos 12ºC (Viseu). Está ainda prevista nebulosidade matinal para o litoral oeste e Alentejo e vento por vezes forte nas terras altas.

Esta sexta-feira, de acordo com o IPMA, estão em risco máximo de incêndio os municípios de Tarouca (Viseu), Guarda e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Covilhã, Vila Velha de Ródão, Vila de Rei e Proença-a-Nova (Castelo Branco), Nisa e Gavião (Portalegre), Mação, Sardoal e Abrantes (Santarém) e Faro, Loulé, São Brás de Alportel, Tavira, Alcoutim e Castro Marim (Faro).

O IPMA colocou ainda em risco muito elevado cerca de uma centena de concelhos do interior Centro e Norte e da região Sul e em risco elevado outros tantos municípios do interior Norte e Centro do país, alguns do litoral Centro e toda a região do Alentejo, num dia em que se prevê vento por vezes forte nas terras altas.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo o elevado o terceiro nível mais grave. Os cálculos para este risco são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Na quinta-feira, a Protecção Civil prolongou o estado especial de alerta amarelo até segunda-feira devido à continuação de condições meteorológicas favoráveis ao risco de incêndio rural e anunciou o reforço de meios e da vigilância aérea e terrestre. Os avisos da Protecção Civil são, por ordem crescente de gravidade, azul, amarelo, laranja e vermelho.

A informação foi prestada aos jornalistas pelo comandante adjunto operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil Pedro Nunes, que justificou a decisão de prolongar o estado de alerta amarelo com questões meteorológicas (vento e baixa humidade do ar) e com o facto de Agosto ser o mês em que há mais afluxo de pessoas para o interior do país, o que aumenta o risco de ignições em meio rural.

Embora não se esperem temperaturas extremas até segunda-feira, prevê-se a manutenção das condições meteorológicas observadas nos últimos dias, num quadro de vento moderado a forte, quer diurno quer nocturno, e humidade relativa baixa em toda a região sul do vale do Tejo e no interior norte, com especial incidência nos distritos de Castelo Branco e Guarda.

Para enfrentar estes factores críticos, a Protecção Civil vai aumentar a vigilância aérea e terrestre, com recurso aos aviões de observação e vigilância que integram o dispositivo de combate a incêndios florestais, havendo ainda a intenção de recorrer aos drones da Força Aérea para cumprir a missão em causa.

A vigilância terrestre vai ser reforçada com meios da GNR e da Força Aérea, antevendo-se mais “patrulhas espalhadas pelo território nacional”, com maior incidência no interior do país. No total, haverá um reforço de 100 efectivos.

Segundo a Protecção Civil, o estado de alerta vai vigorar nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Évora, Beja e Faro.

Radiação UV

O território do continente, a região autónoma da Madeira e as ilhas das Flores e Faial, nos Açores, estão também esta sexta-feira em risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV). Segundo o IPMA, no arquipélago dos Açores está em risco elevado de exposição à radiação UV a ilha da Terceira e em risco moderado a de São Miguel.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protector solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo). O cálculo é feito com base nos valores observados às 13h em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.