Em busca de um Verão perdido

Numa praia da Normandia, um leitor em busca de um Verão perdido é tomado de assalto pela sua imaginação extravagante, que o leva a confundir personagens literárias e escritores, tempos e lugares, realidade e ficção. Viveu ou sonhou aquelas férias? Um duende trapalhão sabe a resposta.

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1. Bayeux, Coutances, Vitré, Lannion, Lamballe… Cabourg, Balbec, Trouville (a pedir-me um trocadilho). O comboio avançava, “magnificamente sobrecarregado de nomes”, e eu temia confundir a ficção e a realidade, como dizem os pobres de imaginação, temia descer do comboio em Trouville ou em Cabourg em vez de sair em Balbec. Ansiava pelo ar puro e cerúleo – ou deveria traduzir aquele raspado “azuré” por azul, azul-celeste, verde-mar? –, o ar salino do quarto que o “tapissier” bávaro revestira de estantes baixas com vidraças. Encontraria lá algum daqueles livros emprestados pela Senhora de Villeparisis? E eis que leio o nome, “quase de estilo persa”, escrito em letras brancas num cartaz azul no cais da estação: Balbec.

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