Um ministro incendiário
Não tenho qualquer dúvida que o presidente do município, próximo de pessoas desesperadas, tem feito mais por Mação do que o ministro que o acusou em tom desabrido.
Uma vez que não há verdadeira oposição – o PSD é um partido em chamas, pois se está a auto-imolar com inimizades internas, e o BE e PCP estão muito apagados –, o PS achou que devia fazer de oposição de si próprio. Só assim se poderá compreender a trapalhada das golas antifumo inflamáveis (um laboratório já atestou que abrem buracos quando estão perto das chamas), que foram arrematadas em grande quantidade por consulta directa a uma empresa do marido de uma autarca do PS. A empresa foi indicada por um boy do mesmo partido, dirigente da concelhia de Arouca, que depois de ter sido padeiro numa pastelaria estava contratado como adjunto do secretário de Estado da Protecção Civil com o pomposo título de “técnico especialista.” A única relação que vejo dele com as chamas é a sua proximidade do forno na anterior actividade. E há agora, claro, uma relação metafórica: arranjou lenha para queimar não só o secretário de Estado que assessorava, mas também o ministro da tutela.
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