Esta cama não foi feita para dormir, foi feita para impressionar
Um leito do século XVII que pertenceu a uma das principais casas da aristocracia portuguesa, a dos duques de Cadaval, faz agora parte do circuito de visita do Palácio Nacional de Sintra. E ajuda a pensar nestes móveis que eram, sobretudo, reflexos de riqueza e instrumentos de poder.
A pergunta é inevitável: para que servia uma cama de aparato? Se o seu objectivo era semelhante ao das baixelas usadas à mesa nas casas reais e nos palácios da nobreza — afirmar estatuto, riqueza, poder e determinado gosto —, em que contexto seria ela usada, uma vez que, ao contrário desses serviços destinados a refeições para vários convidados em ocasiões especiais, a função de uma cama é privada, íntima?
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