“A quantidade de emissões de gases de estufa a que nos permitimos com a aviação é absurda”

O cientista alemão Wolfgang Cramer investiga alterações climáticas há cerca de 30 anos. Veio a Lisboa de comboio para falar sobre o tema no Congresso da Federação Europeia de Ecologia.

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Wolfgang Cramer é director científico no Instituto Mediterrânico de Biodiversidade e Ecologia, em França Andreia Carvalho

De avião, a deslocação entre Montpellier, em França, e Lisboa dura cerca de cinco horas — com uma escala em Paris. De comboio, o mesmo percurso demora mais do triplo do tempo — a rota mais directa é Montpellier-Madrid-Lisboa. Além do tempo de viagem, há outra diferença considerável: a quantidade de gases com efeito de estufa emitida é muito inferior quando se opta pelo comboio em detrimento do avião. É por isso que Wolfgang Cramer, director científico no Instituto Mediterrânico de Biodiversidade e Ecologia (em Aix-en-Provence, França), opta pelo transporte ferroviário sempre que pode. Foi assim que se deslocou até Lisboa, para participar no Congresso da Federação Europeia de Ecologia, que decorre até sexta-feira na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O PÚBLICO é media partner do evento que tem como mote “A Incorporação da Ecologia nos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável” das Nações Unidas para 2030.

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