BCP aumenta lucros em 12,7% para 169,8 milhões
O presidente do banco, Miguel Maya, sublinhou o impacto que a redução das imparidades teve nos resultados do primeiro semestre deste ano.
O BCP registou lucros de 169,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, o que compara com lucros de 150,6 milhões de euros no mesmo período de 2018.
O valor representa um aumento de 12,7% relativamente ao primeiro semestre de 2018, e de acordo com o banco foi impulsionado pela expansão dos proveitos core (5,3%) e pela redução de imparidades e provisões no montante de 13,1%.
Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o presidente executivo (CEO) do BCP, Miguel Maya, disse que “a evolução da política monetária” teve um “impacto grande” no planeamento da atividade do banco.
Sobre as contas semestrais, Miguel Maya realçou a redução do nível de imparidades, que caíram para 243 milhões de euros, justificada pela normalização da actividade.
No que respeita aos activos NPE-Non Performing Exposure (crédito malparado), o banqueiro salientou que desde o início do ano se verifica uma evolução positiva, expressa na sua diminuição em 710 milhões de euros, dos quais 349 milhões de euros só no segundo trimestre.
Como aspecto relevante o CEO destacou igualmente o aumento do número de clientes do grupo em 217 mil, isto sem incluir os que resultaram da compra do EuroBank (detido pelo agora polaco Millenium Bank que, por sua vez, é controlado em 50,1 % pelo BCP) - os lucros da operação polaca diminuíram cerca de 5% para 77,9 milhões de euros, precisamente por força da aquisição do EuroBank.
Maya lembrou também que o número de clientes digitais do grupo subiu em 25%.
O presidente do BCP sublinhou ainda que o “desejo e vontade do Conselho de Administração em compensar em 12,4 milhões de euros os trabalhadores [que sofreram cortes salariais que o banco se comprometeu a restituir]” e de reduzir os custos de reestruturação. Sobre este tema em concreto, Miguel Maya garantiu que não está disponível para pôr em causa o futuro do BCP e que espera que o conflito aberto com os trabalhadores, que contestam a estagnação salarial e a devolução de remunerações, culmine num consenso entre as partes