Solteira e Boa Rapariga à procura de namorado na RTP1

A nova série criada e realizada por Vicente Alves do Ó com Lúcia Moniz como protagonista estreia-se esta segunda-feira, às 21h, mas o primeiro episódio já está disponível no RTP Play.

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Lúcia Moniz é Carla em Solteira e Boa Rapariga DR

Carla faz 40 anos e, depois de uma década sozinha e de uma visita à bruxa, decide voltar aos encontros (com a ajuda das redes sociais e do melhor amigo polícia). É esta a premissa de Solteira e Boa Rapariga, a nova série da RTP1, com Lúcia Moniz. A estreia é esta segunda-feira, às 21h, mas o primeiro dos 26 episódios já pode ser visto na RTP Play. Ao longo do decorrer da história que foi escrita e realizada por Vicente Alves do Ó e será exibida de segunda a sexta, Carla sai com vários pretendentes. Estes são interpretados por nomes que incluem os actores portugueses Jorge Corrula, Almeno Gonçalves, Graciano Dias, Philippe Leroux, Pedro Giestas, Nuno Pardal, Miguel Damião e Hugo Van Der Ding, bem como pelo brasileiro Rodrigo Santoro. É um pouco como acontecia em Appaixonados, a série de 2018 do RTP Lab em que os espectadores escolhiam com quem a protagonista saía, só que sem a parte interactiva.

Para Lúcia Moniz, é uma experiência muito desejada. A actriz, diz ao PÚBLICO, queria trabalhar com Vicente Alves do Ó e experimentar fazer comédia, género que considera nunca ter experimentado na vida (isto apesar de a sua estreia em cinema, em 2003, ter sido em O Amor Acontece, de Richard Curtis, que, enquanto guionista, é um dos mais influentes arquitectos da comédia romântica dos anos 1990 e 2000). “É um universo diferente”, explica. “O registo da série, não sei bem defini-lo, mas não é o naturalismo, nem o realismo. Aqui ultrapassa-se um bocadinho a realidade”, explica, por contraposição ao filme de Curtis, de cujo elenco também fazia parte Rodrigo Santoro.

Carla é uma tradutora lisboeta que vive sozinha e nunca teve grande sorte na vida. É desastrada, tal como a maioria das personagens que Sandra Bullock interpreta em comédias românticas. Ao ler o guião, a actriz encontrou vários pontos em comum consigo própria. “Esta característica de ser trapalhona ou tropeçar em coisas que toda a gente vê menos ela tem um bocadinho que ver comigo”, confessa, ressalvando que o criador da série não a conhecia “o suficiente” para “ir buscar essas características”. Lúcia Moniz, que também tem carreira como cantora e vem de uma família de músicos, decidiu que a personagem não deveria saber cantar, para ser ainda mais desastrosa: “Ela é tradutora, toda muito das letras e pouco dada às artes, não tem jeito para desenhar, nem para dançar. O mais difícil, para mim, foi que esse exagero não fosse demasiado e não tornasse a personagem ridícula e inverosímil”, argumenta, referindo-se aos elementos caricaturais da série – que são mais das outras personagens, como a mãe, interpretada por Helena Isabel, do que dela, na verdade.

Para fazer de Carla, Lúcia Moniz teve de aprender muito. E de descobrir os tempos próprios da comédia. “Foi muito difícil para mim, apoderar-me deles e saber manobrá-los. Não é que eu não tivesse respeito pela comédia ou pelos actores de comédia, mas quando estamos lá é que nos apercebemos da dificuldade das coisas”, diz. Ia vendo o que funcionava pelas gargalhadas que ouvia nas rodagens. “Muito disso eu vou perceber agora, se resultou ou não; a edição também é muito responsável, pode-me safar de muitas cenas como também me pode lixar”, comenta.

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