Miguel Poiares Maduro: “Devem existir quotas étnico-raciais transitórias”
Se não forem transitórias, as quotas acabam por reforçar a identidade de grupos, em vez de combater a discriminação.
Defendeu as quotas para minorias étnico-raciais, o que é raro na sua família política.
Distingui dois tipos de motivações diferentes para as quotas. Uma corrente defende as quotas de género e depois as étnico-raciais na lógica de compensação pela discriminação passada que certos grupos tiveram. Essa lógica está em tensão com o princípio de não-discriminação. Eu aceito as quotas noutra lógica: servem para combater uma prática que é discriminatória ainda que formalmente seja apresentada como não-discriminatória.
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