No Douro e Minho, comboios já são eléctricos mas linhas ainda precisam de bandeiras para sinalizar

Os 56 quilómetros de via electrificada que o primeiro-ministro vai hoje inaugurar nas linhas do Douro e do Minho são o espelho da fraca modernização da rede ferroviária: obras curtas, atrasadas, inacabadas e com pouco impacto na melhoria da mobilidade.

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Primeiro-ministro visitou as obras de modernização da Linha do Douro em Janeiro deste ano. LUSA/OCTAVIO PASSOS

Estação de Barroselas, 8 horas e 27 minutos. O comboio regional vindo de Nine e com destino a Viana do Castelo aproxima-se vagarosamente da agulha de entrada da estação, onde um agente da Infraestruturas de Portugal (IP) o aguarda segurando uma bandeira amarela. A composição prossegue a sua marcha lenta e entra na linha desviada, onde se imobiliza na plataforma de passageiros. O mesmo agente recoloca manualmente o aparelho de mudança de via (agulha) na sua posição original e dirige-se ao outro extremo da estação para dar entrada a outro comboio - o inter-regional procedente de Valença e com destino ao Porto. Este já chegou entretanto e está parado em frente à agulha. Só arranca quando o homem ali chegar e desfraldar a bandeira amarela. Depois anda mais 100 metros e pára na estação. Agora entra em cena outro ferroviário – o chefe da estação – que apita a cada um dos comboios, dando-lhes sinal de que é seguro partir rumo à estação seguinte.

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