Natilde Martiniano é a mais velha da sala. “Tenho 97 anos; comecei a aprender aos seis.” Nas mãos tem mais de 20 bilros, que segura pelos extremos redondos, movimentando-os com destreza uns por cima dos outros até que a geometria aconteça um andar acima, em forma de renda, sobre a almofada. Em 91 anos de dedilhar, não imagina quantas rendas terá feito, primeiro como aprendiz, depois para responder às encomendas, de apliques em vestidos, colchas e outros usos domésticos, muitas vezes vendidas nos areais de Peniche, para ajudar no orçamento curto da família.
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