Uma colecção com cheiro a petróleo na Gulbenkian
O que levou Calouste Gulbenkian a coleccionar caríssimos tapetes persas, colorida cerâmica Iznik e toalhas bordadas à mão iguais à da sua infância? Uma exposição dedicada ao núcleo islâmico do Museu Gulbenkian mostra como o momento em que o coleccionador mais comprou coincide com aquele em que o preço do petróleo atingiu um pico: competia então com Rockefeller ou Getty, e voltava à zona de influência do império otomano onde nasceu.
É a segunda vez que as duas lâmpadas de mesquita do British Museum e do Museu Gulbenkian, em tudo semelhantes, voltam a estar juntas. A primeira terá sido há cerca de 150 anos. “Estou maravilhada por tê-las aqui. Está fantástico”, comenta, em frente à vitrina em que acabam de ser reunidas, Jessica Hallett, curadora da exposição O Gosto pela Arte Islâmica. Inaugurada esta quinta-feira no Museu Gulbenkian, em Lisboa, é o ponto alto da programação de Verão com que a fundação comemora o nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian, ocorrido também há 150 anos, e que conta com empréstimos de vários museus internacionais, do Metropolitan ao Louvre, passando pelo Victoria & Albert.
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