R. Kelly voltou a ser detido, acusado de crimes sexuais

Cantor norte-americano de r&b foi preso esta quinta-feira em Chicago e deverá responder em Nova Iorque a 13 acusações de ofensas sexuais, sedução de uma menor e pornografia infantil.

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Foi a segunda vez este ano que R. Kelly foi detido por crimes desta natureza epa/TANNEN MAURY

Pela segunda vez, já este ano, o cantor norte-americano R. Kelly, de 52 anos, foi detido pela polícia. A prisão ocorreu em Chicago esta quinta-feira, por agentes da polícia de Nova Iorque e investigadores do Departamento de Segurança Interna, e, segundo avançou o Chicago Sun-Times, Kelly deverá ser transportado esta sexta-feira para aquela cidade.

Em Nova Iorque, o intérprete de hits como I believe I can fly (vencedor de três Grammy) e Bump n’ grind deverá enfrentar, segundo o porta-voz do Ministério Público, Joseph Fitzpatrick, 13 acusações de agressões e abusos sexuais, incluindo pornografia infantil, abuso de menor e obstrução à justiça. As acusações foram proferidas num tribunal federal do distrito norte de Illinois e, a serem confirmadas, o cantor enfrenta uma pena que pode ir até 30 anos de prisão.

Até ao momento em que emitiu a notícia, a Reuters não tinha conseguido nenhum comentário, nem das entidades policiais de Chicago e de Nova Iorque, nem do advogado do cantor, Steve Greenberg, que, no entanto, confirmou a detenção.

No passado mês de Junho, R. Kelly tinha-se declarado inocente de 11 acusações de crimes de agressão e abuso sexual no decorrer de uma audiência em Chicago. Entre essas acusações, uma dizia respeito a uma situação de abuso sexual agravado, alegadamente perpetrado entre Maio de 2009 e Janeiro de 2010 sobre uma adolescente, identificada apenas com as iniciais J.P., com idade compreendida entre os 13 e os 16 anos.

Mas já no início do ano, no mês de Fevereiro, R. Kelly chegou a estar preso, então acusado de dez crimes de abuso sexual, na sequência de depoimentos de sete mulheres, entre elas a sua ex-companheira Asante McGee, documentados no programa televisivo Surviving R. Kelly, emitido pelo canal Lifetime. Na altura, após uma semana preso, R. Kelly foi libertado depois de ter pago uma fiança de 100 mil dólares (cerca de 88.700 euros).

Mas as suspeitas sobre o comportamento do cantor são antigas, recuando mesmo ao início da década de 2000, quando começou a ser acusado de abusos sexuais e de sexo com menores. R. Kelly negou sempre todas as acusações de que tem sido alvo, quer quando da estreia do documentário acima referido, quer quando, em Fevereiro, respondeu às primeiras acusações formais perante o tribunal de Chicago.