A exposição permanente conta a história dos vulcões dos Açores e do mundo e a formação do universo. Já componente interactiva leva o visitante a viajar ao centro da Terra numa cápsula sensorial ou a sentir o solo tremer num simulador de sismos.
Incluída na Rede de Centros Ambientais dos Açores, que conta agora com 23 espaços nas nove ilhas do arquipélago, tem também uma área educativa e pretende-se que funcione em articulação com equipas de investigação da Universidade dos Açores, bem como com outras instituições nacionais e internacionais, de modo a “garantir a actualização e renovação dos conteúdos científicos”, afirmou o presidente do Governo Regional dos Açores (GRA).
A Casa dos Vulcões, inaugurada esta terça-feira no Lajido de Santa Luzia, no concelho de São Roque do Pico, nos Açores, é resultado de um investimento de dois milhões de euros. O projecto tinha sido anunciado em 2016. Para Vasco Cordeiro, presidente do GRA, o novo centro de interpretação “homenageia, no fundo, a capacidade de, ao longo dos séculos, o povo açoriano ter sido capaz de construir esta relação com o meio que o rodeia”.
“Das ruínas de dois armazéns nasceu uma estrutura moderna, dedicada à divulgação do património geológico do arquipélago, presente em vulcões, caldeiras, lagoas, campos lávicos, fumarolas, águas termais. No fundo, um conjunto de elementos que simbolizam bem a nossa paisagem e a relação com o meio que nos envolve”, prosseguiu.
O projecto teve “o cuidado de enquadrar este espaço com a montanha do Pico” – “o mais jovem e o maior vulcão dos Açores, o ponto mais alto de Portugal e o terceiro maior vulcão do Oceano Atlântico”, sublinhou o governante.
O centro de interpretação vem ainda servir como complemento à Casa da Montanha, que se encontra em fase de beneficiação e ampliação.
“A proximidade do novo espaço com o edifício sede do Parque Natural do Pico e com o Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha constitui, também, uma significativa ampliação das valências existentes aqui no Núcleo do Lajido de Santa Luzia, possibilitando uma mais vasta e integrada utilização deste valioso conjunto”, acrescentou o chefe do Governo Regional.
Os Centros Ambientais dos Açores são “importantes pólos de animação ambiental e turística”, integrando uma rede que regista uma crescente procura, tendo recebido quase 390 mil visitantes em 2018, em todas as ilhas.