O miúdo da escola de quem ninguém se lembra faz canções para embalar a dor

O primeiro LP de Deem Spencer, Preety Face é o trabalho meditabundo, heteróclito e experimentalista q.b. de um miúdo nado e criado em Jamaica, Queens, um dos míticos bairros nova-iorquinos de onde o hip-hop partiu um dia para o mundo. Here’s looking at you, kid!

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Numa época em que as edições (físicas, virtuais, streaming, CD, vinil, K7) se precipitam a um ritmo desgovernado, virtualmente infinito e, enfim, impossível de acompanhar, mesmo o ouvinte mais digger e label-oriented terá dificuldade em seleccionar as suas fontes. Frequentemente, são os pormenores – uma capa peculiar, a presença de determinado nome na ficha técnica – que, pelo meio do reboliço editorial, fazem arquear a sobrancelha do investigador. Quando partilhamos com Deem Spencer o facto de ter sido o fundo cor-de-rosa preenchido pelo seu rosto de boneco animado ornamentado com um artificialíssimo bigode que, num primeiríssimo momento, fixou o nosso olhar em Pretty Face, o menino-homem-grande de Queens, Nova Iorque, não se mostra muito surpreendido.

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