Lisboa: há um campo de basquetebol pintado por Aka Corleone
Balance é o nome da intervenção artística assinada por Aka Corleone no recinto polidesportivo do Campo Mártires da Pátria, em Lisboa. A ideia é que “as pessoas façam parte da obra”, diz o artista português.
O solo do campo de basquetebol do Campo Mártires da Pátria, em Lisboa, está diferente: Aka Corleone, alter-ego de Pedro Campiche, decidiu criar, juntamente com a Galeria de Arte Urbana, uma intervenção artística que alia o desporto e a cultura. Inspirado por uma obra que viu em Nova Iorque e “pela necessidade de fazer algo diferente”, Pedro Campiche resolveu trazer a ideia para o bairro lisboeta onde até já viveu. Em parceria com a Underdogs e com o apoio da Junta de Freguesia de Arroios e da Câmara Municipal de Lisboa, Balance implicou uma intervenção directa no solo do campo de basquetebol.
Para Aka Corleone, o que distingue esta intervenção de outras que já fez é o facto de ter pintado “num chão, que tem superfícies diferentes”, e de “as pessoas poderem fazer parte da obra”.
A instalação artística, que demorou um ano a ser projectada e uma semana a ser executada, abrange “um aspecto mais lúdico e comunitário de um local que reúne diariamente pessoas diferentes, de idades e contextos diferentes, para praticar vários desportos por cima do piso”, explica o artista de 34 anos, cujo intuito é também apresentar uma obra colorida e abstracta.
A inauguração oficial de Balance ainda não tem data marcada, uma vez que estão a ser melhoradas as condições do próprio campo de basquetebol. O artista entende que se deve “poder inaugurar o campo no seu melhor estado”.
Natural de Lisboa, Pedro Campiche começou o percurso no graffiti. Licenciado em Design e Comunicação Visual, chegou a trabalhar como designer gráfico. Tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro, desde 2010.
