A última noite do Med foi (quase) toda de Dino d’Santiago
Graças à sua reinterpretação da música de raiz cabo-verdiana, sem perder contacto com a tradição, Dino d’Santiago quase secaria tudo o que aconteceu à sua volta. Só o que o sábado no Med teve ainda Tshegue, Ricardo Ribeiro ou Omiri.
O apoteótico concerto de Dino d’Santiago no Festival Med, em Loulé, ainda não chegou a meio quando o músico fala ao público do imenso poder das tradições. “Saibamos respeitar os nossos”, remata, antes de avançar para Nôs tradison. Toda a espantosa actuação diante dos seus – da família, mas também dos muitos quarteirenses que lotam por completo o espaço em frente ao Palco Cerca e do seu público – está repleta de pequenas homenagens que têm por destinatários Bitori ou Os Tubarões, os Buraka Som Sistema ou a ilha cabo-verdiana de Santiago. A cada passo seu, na espantosa reinvenção dos sons de Cabo Verde que assina em Mundu Nôbu, Dino está sempre a olhar para trás, a garantir que não apaga o rasto da casa de partida.
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