Autor do ataque com carro em Charlottesville condenado a prisão perpétua
Jovem de 22 anos atropelou mortalmente uma pessoa e feriu dezenas em Charlottesville, nos EUA, quando atropelou com o seu carro um cortejo anti-nacionalista.
Os procuradores norte-americanos condenaram James Alex Fields Jr, 22 anos, a prisão perpétua, depois de ter sido acusado de ter dirigido o seu carro, com a intenção de matar, em direcção a um protesto contra um comício neonazi, em Charlottesville. O ataque aconteceu a 12 de Agosto de 2017, vitimou mortalmente uma pessoa e provocou várias dezenas de feridos.
Os advogados de Fields ainda argumentaram que se tratava de um jovem com registo de problemas mentais e que merecia alguma medida de clemência, mas o tribunal manteve a decisão.
Um juiz federal decidiu que Fields está condenado a prisão perpétua por ter morto um manifestante anti-racista e provocado ferimentos em algumas dezenas em 2017, quando deliberadamente dirigiu a alta velocidade a viatura que conduzia em direcção a um grupo de manifestantes que protestavam contra um comício supremacista e nacionalista em Charlottesville, no Estado da Virgínia, nos EUA. O caso agravou as tensões raciais em todo o país.
Fields declarou-se culpado de 20 dos 30 crimes federais de ódio racial de que foi acusado, num acordo estabelecido em Março, que excluia a possibilidade da aplicação da pena de morte, mas os procuradores e os advogados de Fields concordaram que as regras judiciais federais apontassem para a prisão perpétua.
No entanto, num relatório apresentado na semana passada, os advogados de Fields chegaram a pedir ao juiz distrital Michael Urbanski que considerasse uma sentença “inferior à perpétua”. “Nenhum castigo imposto a James pode reparar o dano que causou a dezenas de pessoas inocentes. Mas este tribunal devia considerar que as represálias têm limites”, argumentaram os seus advogados, mas sem sucesso.
Em qualquer caso, Fields não tinha qualquer esperança de sair da prisão.
O jovem também enfrentará, a 15 de Julho, uma sentença num tribunal estadual pela morte da manifestante anti-racista Heather Heyer e de ferimentos causados a mais de 30 pessoas com a viatura que conduzia. Um júri recomendou prisão perpétua mais 419 dias.