PJ detém 14 pessoas suspeitas de fraude fiscal agravada e associação criminosa

Alegada rede dedicava-se à fraude intracomunitária ao IVA na aquisição de equipamentos de telecomunicações.

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fábio augusto

Catorze pessoas foram detidas esta terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de fraude fiscal qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais, tendo sido efectuadas 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias, anunciou aquela polícia.

A Operação Osíris foi desenvolvida pela PJ e pela Autoridade Tributária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e da Direcção de Serviços de Investigação de Fraudes e de Acções Especiais (DSIFAE), num processo-crime que corre pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP).

Segundo a PJ, os detidos, com idades entre os 20 e os 77 anos, “são suspeitos de pertencer a uma rede organizada que, desde pelo menos 2017, se dedicava à fraude intracomunitária ao IVA na aquisição de equipamentos de telecomunicações”.

Para tal, “recorreram à constituição sucessivas sociedades unipessoais sem qualquer actividade real e à subsequente emissão de facturação sem que o valor do IVA tenha sido entregue aos cofres do Estado, tendo até ao momento sido apurado um prejuízo superior a seis milhões e meio de euros”.

A PJ adianta ainda em comunicado que “a actividade delituosa desta rede organizada foi potenciada pela utilização das plataformas de venda online das maiores empresas nacionais do sector, permitindo-lhes obter uma exposição e volume de vendas que de outra forma não teriam alcançado”.

Os detidos vão ser ouvidos na quarta-feira por um juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.