Sajid Javid eliminado da corrida à liderança dos tories, Johnson confirma liderança
Michael Gove ficou em segundo lugar. Haverá nova votação esta tarde.
Sajid Javid foi eliminado à quarta votação para eleger o próximo líder do Partido Conservador britânico, que será também o próximo primeiro-ministro.
Boris Johnson continua a ser o absoluto favorito – teve 157 votos do grupo parlamentar, perto de metade dos votos do grupo parlamentar, que está a eleger o líder. E quase três vezes mais que Michael Gove, o segundo classificado, com 61. Jeremy Hunt, o ministro dos Negócios Estrangeiros, que até agora tem ficado em segundo lugar, e se tem apresentado como alguém que só com muita relutância sairia da União Europeia sem acordo - por receio de que tivesse de convocar eleições antecipadas - teve 59.
Os analistas não estão ainda a avançar grandes cálculos sobre para qual dos candidatos ainda liça irão os votos de quem apoiava Javid, que é ministro do Interior no Governo de Theresa May. Não há perfil muito definido para os seus apoiantes. O próprio candidato fez declarações em que diz prever que os 34 deputados que votaram nele “devem dividir-se por diferentes candidatos”, na segunda votação programada para esta tarde, diz a BBC.
Entretanto, o diário Evening Standard, que é dirigido por George Osborne, ex-ministro das Finanças de David Cameron, até ao referendo sobre o “Brexit”, publicou na edição desta quinta-feira um editorial em apoio da escolha de Boris Johnson para a liderança do Partido Conservador, acompanhando uma entrevista do candidato, que tem andado arisco dos media.
Boris Johnson, o principal candidato ao cargo de primeiro-ministro britânico, insiste ser possível guiar o país para um “Brexit ordeiro e controlado”, substituindo a cláusula de salvaguarda, exigida pela UE, para evitar uma fronteira física entre República da Irlanda e Irlanda do Norte, por “disposições alternativas”.
Mas a principal novidade desta votação foi a passagem ao segundo lugar de Michael Gove, o actual ministro do Ambiente, e um dos protagonistas da campanha do “Leave” no referendo, ao lado de Boris Johnson, mas em vez de apoiar Johnson na luta pela liderança do partido em 2016, após o referendo do “Brexit”, candidatou-se ele próprio, mas não teve sucesso - essa corrida foi ganha por Theresa May. Se na última votação desta sexta-feira for determinado que ele e Johson serão os dois politicos a disputar a liderança do Partido Conservador, será uma espécie de ajuste de contas pós-referendo.